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Quarta, 09 Dezembro 2015 20:26

MPLA quer militantes formados para fazer trabalho político em Angola

O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder no país, pretende ter militantes dotados de competências não só para acompanhar as inovações tecnológicas, mas também para trabalho político junto das comunidades.

O objetivo foi traçado pelo vice-presidente do partido, Roberto de Almeida, no I Encontro Nacional de Quadros do MPLA, que arrancou hoje em Luanda, reunindo mais de 1.600 delegados durante dois dias.

Roberto de Almeida disse que quadros competentes vão contribuir para a resolução dos múltiplos e complexos problemas económicos, sociais e culturais que o país enfrenta, bem como aumentar a capacidade do partido de se relacionar e interagir com o povo.

"Na verdade, o trabalho político-partidário exige formação e conhecimento, por forma a ajudar o partido a tomar decisões assertivas e criativas, agregando valor ao seu trabalho", referiu ainda o dirigente do MPLA.

Lembrou que o partido sempre reconheceu a importância da formação, salientando que em 1963 foi criada a primeira escola de quadros daquela formação política, para ter militantes aptos e capazes de realizar as tarefas inerentes ao combate contra o colonialismo português pela independência nacional.

Roberto de Almeida frisou que mais recentemente foi relançada a Escola Nacional do Partido e o Centro de Formação Política do Partido, com o objetivo estratégico de se proceder à elevação do nível teórico, político-ideológico e cultural dos dirigentes, quadros, formadores e dos militantes.

Ainda com o mesmo objetivo, o dirigente disse que o partido, no poder em Angola desde 1975, está igualmente empenhado em reforçar o papel dos Comités de Especialidade, que integram vários setores da sociedade angolana, para que dirigentes e quadros possam através dessa plataforma elaborar a apresentar estudos e reflexões sobre questões relevantes do partido e da sociedade.

"Na implementação da política de quadros, o partido deve promover ao nível do aparelho do Estado a igualdade de direitos e obrigações e a equidade de oportunidades a todos os quadros nacionais, independentemente da sua condição política, crença religiosa ou opção ideológica, combatendo todas as formas de discriminação", disse o vice-presidente do partido.

Acrescentou que o MPLA estimula a implementação de um sistema de avaliação periódica de quadros, como instrumento de gestão indispensável à apreciação do desempenho na função exercida.

"Quadros que não tenham tido bom desempenho em funções anteriores ou cuja conduta tenha sido danosa ou prejudicado o bom nome do partido, não devem ser nomeados para novas funções", defendeu o político.

Roberto de Almeida realçou os "momentos difíceis" por que o país está a passar atualmente, lembrando que, contudo, as despesas e em particular os investimentos no desenvolvimento humano são as prioridades.

"Os desafios dos próximos anos são enormes, mas já estamos habituados a lutar e a vencer muitas batalhas. Temos de poupar e gastar menos, de investir melhor e consumir menos", concluiu.

Lusa

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