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Sexta, 08 Dezembro 2023 12:46

Carlos Rosado aponta à digitalização bancária como via de acesso fácil ao crédito e de inclusão financeira

O docente universitário e economista angolano, Carlos Rosado de Carvalho, defendeu, nesta quarta-feira, 06 de dezembro, em Luanda, que a digitalização bancária é o caminho a que ninguém pode fugir, justamente porque entre outros, vai contribuir para aumentar o nível de inclusão financeira.

Em entrevista à imprensa, durante evento realizado pela Digital Banking Solutions Angola, parceiro da ORACLE que abordou a inovação tecnológica na banca, o economista referiu que Angola tem uma taxa de bancarização muito baixa, equivalente a 32,3 %, o que significa que menos de uma cidadão adulto a cada três tem conta bancária “e isto é um problema”.

“Se assim acontecer, há uma séria de dinheiro de recursos que estão fora do sistema bancário que podem entrar e contribuir para alavancar a economia. As questões de segurança são de facto muito importantes. Os sistamas são muito seguros, visto que com a digitalização a segurança vai aumentar”, defendeu.

Observou ainda que é mais fácil aos bancos, a identificação de clientes através dum critério qualquer digital do que com o bilhete de identidade que também pode ser falsificado. “Precisamos ajudar as pessoas e educá-los no sentido de que os códigos bancários são individuais não podendo ser partilhados com mais ninguém. Se seguirmos essas práticas não vamos ter problemas”, apelou.

Naturalmente, ressaltou, não existe nada 100% seguro e há sempre um campo para a fraude. Mas, a digitalização é o caminho e espera-se que contribua em Angola para aumentar o nível de inclusão financeira e que os bancos possam seguir esse caminho que é sobretudo inevitável.

Relativamente às mudanças que devem necessariamente ocorrer no sistema bancário nacional junto das populações, Rosado referiu que há uma parte de educação financeira muito importante, concretamente os níveis de literacia que são muito baixos, quer do ponto de vista financeiro ou de outra natureza que precisa de intervenção educativa.

Olhando para a realidade angolana, comentou que a digitalização vai permitir reduzir custos, fazendo com que os bancos não necessitem de estar sempre presentes nas ruas ou em todos os sítios, pois a digitalização permite o acesso remoto como se os clientes estivessem nas agências bancárias. “Isso vai permitir reduzir os custos e aumentar os serviços concedem”.

Fez compreender que a digitalização não é apenas a tecnologia ou máquinas mas também as pessoas e os processos e, há uma toda necessidade de se usar a informação que vem desta mesma digitalização.

“O nosso nível de crédito é muito baixo e com a digitalização os bancos vão conhecer melhor as pessoas e vai ser mais fácil as pessoas acederem ao crédito, um elemento fundamental para o desenvolvimento de uma economia”, finalizou.

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