"Cinco anos com o Presidente João Lourenço: honrar os mortos (adversários ou inimigos) e vilipendiar os vivos, se adversários (ou inimigos) políticos?", questionou Moco.
O também antigo secretário geral do MPLA, entendeu ser necessário alertar, como "mais velho", que o discurso de João Lourenço, no início desta campanha é desnecessariamente perigoso.
"Será que para si, as lições do passado são para serem rasgadas?", inquiriu ainda, exortando que o presidente/candidato é também chefe de Estado e o seu maior papel, nos dias que correm, é consolidar a Paz e a Reconciliação Nacional.
Para Moco, não parece nada difícil ser um bom candidato à reeleição, exercendo bem o outro papel que é crucial, tendo reiterado que aquele discurso no Cuanza Sul, não poder ser.
"Meu Deus"!
"Só espero que a oposição, especialmente a vilipendiada UNITA e o Adalberto, não lhe peguem o mote. E gente a conclamar que o jogo político é mesmo assim. Não!", conforme Marcolino Moco.
Há dias, recorda, ouvimos o antigo chefe de Estado da África do Sul, Thabo Mbeki, a referir que poderá ocorrer alí uma "primavera árabe. É bem possível, mas por problemas de natureza nova. Nunca lá foram rebuscar problemas do passado. Proibiram canções de racismo branco mas também de racismo negro".
Lembra também que foi ainda há tempos que se ouviu Julius Malema, suposto político do extremismo negro, a recuar nas suas posições, para a preservação da unidade na diversidade sul-africana, seguindo as lições de Tutu e Mandela.
"Aqui o próprio Presidente da República fala daquela maneira dos parceiros da velha/recente Paz e Reconciliação nacionais?", indagou, afirmando estar extremamente triste e preocupado.
