Segundo o líder da UNITA, em campanha eleitoral, na província do Huambo, o facto de Angola ser um país democrático e, por que se está em festa da democracia, defendeu uma vez mais a necessidade de um encontro/debate entre os dois principais actores políticos do país, em espaço público.
O presidente do MPLA, partido no poder em Angola, João Manuel Gonçalves Lourenço, em resposta ao rival, Adalberto Costa Júnior e aos demais cidadãos angolanos que vezes reiteradas têm apelado para um debate entre os candidatos à presidência da República, disse no comício, na cidade do Sumbe que, debates não trazem comida na mesa.
Ainda em declarações, João Lourenço afirmou que o seu governo está preocupado com o país, com o povo, com aquilo que falta ao povo, portanto, de nada adianta perder tempo em debates.
"Pensemos em coisas mais sérias. Temos muita experiência de governação e o outro lado só está preocupado em populismo. São pessoas populistas", considerou.
Prosseguindo, João Lourenço disse que Abel Chivukuvuku, candidato à vice-presidente da República tem mais percurso histórico e político e já concorreu à Presidência da República por duas vezes, "só posso dizer que ele (ACJ) está emocionado, pois é a primeira vez que vai concorrer, é algo que nunca viu, entende-se".
Para o presidente do maior partido da oposição angolana, UNITA, Adalberto Costa Júnior, contrariamente com a defesa de João Lourenço para não debater consigo por esta altura, tratar da fome extrema é durante os anos de governação e não nas véspera da campanha eleitoral.
"Não é na campanha eleitoral que você diz que vou tratar da fome como prioridade. Na campanha você tem que ser corajoso, tens que vir ao debate. Se você não vem ao debate você é cobarde, você está a fugir", rematou ACJ.
Recorda-se que, no final de 2021, João Lourenço afirmou categoricamente que a fome é sempre relativa e que o país já tem muita produção de bens alimentares.
"Fala-se de fome e os nossos adversários hoje acordam de manhã e a noite a cantar uma música: fome, fome, fome. A fome é sempre relativa. O país já tem muita produção de bens alimentares. Talvez, por conveniência própria, por conveniência política, lhes convenha repetir incessantemente a palavra fome. Mas, eu diria que o grande problema de Angola, se quisermos ser mais precisos, é o pouco poder de compra dos nossos cidadãos, fruto de um conjunto de factores", afirmou João Lourenço, durante o seu discurso no estádio 11 de Novembro, por ocasião do encerramento das actividades do VIII Congresso Ordinário do MPLA, aos 12 de Dezembro de 2021.
