O presidente do principal partido da oposição, Adalberto Costa Júnior, garantiu que a UNITA está preparada para ganhar as eleições de 2022.
Os manifestantes, na sua maioria jovens, gritavam palavras de ordem e empunhavam cartazes com dizeres como "voto livre, igual e transparente", "tratamento igual para todos os concorrentes", "votar no local de residência" e ainda "bilhete de identidade para todos os angolanos".
A iniciativa da UNITA foi anunciada na segunda-feira, 6, depois do Parlamento ter aprovado no dia 1 a Lei de Alteração da Lei Orgânica das Eleições Gerais apenas com votos a favor do MPLA, no poder, que no entanto foi vetada na quinta-feira, 9, pelo Presidente João Lourenço.
Apesar da oposição ter saudado ontem a decisão de Lourenço, a UNITA manteve a marcha que teve a adesão de outros partidos.
O Presidente da UNITA marcou presença no Largo Primeiro de Maio.
Em breves declarações à imprensa, Adalberto Costa Júnior disse que o seu partido “está preparado para ganhar as eleições” de 2022 e classificou de “passo importante” para a democracia o veto do Presidente.
A UNITA propôs uma série de medidas para prevenir a alegada fraude, incluindo a identificação biométrica dos eleitores e o envolvimento da sociedade civil na contagem dos boletins de voto.
Nesta marcha os manifestantes, agitando bandeira da UNITA e angolanas enquanto entoavam "MPLA fora".
Eles marcharam pelo centro da cidade segurando cartazes que diziam: "Exigimos os nossos direitos" e "queremos controlo biométrico". A polícia armada com bastões cercou a manifestação.
Entretanto, João Lourenço também suscitou controvérsia por querer alterar outra lei eleitoral, que recentemente submeteu à Assembleia Nacional com sugestões de emendas.
Eleito em 2017, depois de José Eduardo dos Santos ter deixado o posto que ocupou por 38 anos, João Lourenço deve buscar um segundo mandato nas eleições de 2022.
O MPLA tem governado o país africano desde a sua independência de Portugal, em 1975. VOA