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Quarta, 15 Abril 2020 15:07

João Lourenço junta-se à iniciativa que apela a moratória urgente da dívida

O Presidente angolano, João Lourenço, juntou-se ao grupo de líderes que solicita, ao FMI e aos credores internacionais, moratória da dívida e pacotes de assistência económica e sanitária inéditos.

João Lourenço subscreveu um documento assinado por 18 líderes mundiais, que resulta de uma decisão gizada, recentemente, por Chefes de Estado e de Governo de África.

Os subscritores destacam a necessidade de uma moratória imediata em todos os pagamentos de dívida bilateral e multilateral, quer pública, quer privada, até que sejam controlados todos os focos de propagação da pandemia da covid-19.

“O surto da covid-19 e a sua rápida propagação alargaram os sistemas globais de saúde pública para além de seus limites e causaram danos económicos, sociais e humanitários generalizados. Este vírus não conhece fronteiras”, lê-se no documento.

Avança que o combate requer forte liderança internacional, guiada por um sentido de responsabilidade e solidariedade compartilhadas, frisando que apenas uma vitória global, que englobe totalmente África, pode acabar com essa pandemia.

“Podemos vencer esta batalha, mas para isso precisamos de agir agora, com a racionalização do tempo e dos recursos disponíveis. Caso contrário, a pandemia afetará, de forma severa, particularmente a África, prolongando a crise globalmente”, escrevem.

Os signatários do apelo adiantam que, da parte de África, governos, médicos, cientistas e comunidades locais têm uma experiência valiosa na contenção de surtos.

“A União Africana (UA) apoia a resposta continental coordenada. A maioria dos países já tomou medidas vigorosas para retardar a propagação do vírus e estão prontos para fazer mais”, lê-se.

Os signatários assinalam também a indicação, pela UA, de quatro enviados especiais para mobilizar apoio internacional na luta contra a pandemia no continente africano, frisando que o seu papel será decisivo na implementação da estratégia colectiva.

Mas o sucesso, adiantam, requer um esforço internacional, reconhecendo que medidas eficazes de contenção acarretam enormes custos para os sistemas de saúde, economias e meios de subsistência.

Os líderes lançaram apelo a governos, instituições multilaterais, organizações filantrópicas e não-governamentais, bem como empresas privadas, para responderem imediatamente ao apelo do G20 e unir esforços, sem precedentes, para consolidar as defesas do sistema de saúde da África. I

Instaram o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional, o Banco Africano de Desenvolvimento, o Novo Banco de Desenvolvimento e outras instituições regionais a fazer uso de todos os instrumentos disponíveis e a revisão das políticas de acesso e as limitações de cotas, para que os países de baixa renda possam beneficiar do seu apoio.

“Temos de aumentar a capacidade de resposta de saúde de emergência de África, com prestação de apoio imediato aos seus sistemas de saúde pública”, solicitaram.

Conforme os líderes subscritores, todos os recursos disponíveis nas instituições e canais existentes, como o Fundo Global e a Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (GAVI), devem ser usados nessa batalha comum contra a covid-19.

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