O político comentava, à Rádio Nacional de Angola, a possibilidade manifestada por Isabel dos Santos de se candidatar a presidente de Angola, na entrevista que concedeu, quarta-feira, à cadeia Rádio e Televisão de Portugal (RTP), a partir de Londres.
Mário Pinto de Andrade esclareceu que os estatutos do MPLA determinam que o presidente do partido é, automaticamente, o candidato natural e cabeça de lista às eleições presidenciais.
“Se ela quiser ocupar o lugar do pai (José Eduardo dos Santos, anterior presidente da República de Angola), acredito que não será por via do MPLA”, enfatizou Mário Pinto de Andrade.
O dirigente do maior partido angolano destacou que a Constituição da República de Angola estabelece, no quadro do sistema político, que um cidadão, para ser candidato a presidente, tem que ter o suporte de um partido político.
Por seu turno, o presidente da Unita, Adalberto da Costa Júnior, disse, quinta-feira, em Luanda, que se Isabel dos Santos tiver as condições para se candidatar a presidente da República, nas próximas eleições gerais angolanas de 2022, não é “nada de mais”.
O líder do maior partido da oposição em Angola disse que “não falta muito tempo” para a realização das eleições e não sabe das motivações de Isabel dos Santos, mas se a sua candidatura “obedecer às questões constitucionais, tranquilo”.
“São vários os cidadãos que podem manifestar essa vontade”, acrescentou o líder da Unita, sem mais comentários.