Na mesma reunião do comité permanente, o líder da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Isaías Samakuva, considerou positivo o relatório de atividades da comissão organizadora do congresso.
Durante o encontro, foram analisados e aprovados vários documentos a serem discutidos no congresso, nomeadamente os regulamentos das comissões política, administrativa, de mandatos, eleitoral, de infraestruturas e de ética e decoro.
Os participantes no encontro discutiram e aprovaram também os regulamentos dos Assuntos Estatutários e Jurídicos, e da Comissão de Conferências Comunais, Municipais e Provinciais.
Ainda no decorrer desta semana, o comité permanente vai debater em primeira instância diversas propostas, recebidas nesta última reunião.
O conclave marcado para novembro deverá eleger também um novo líder e dois deputados da UNITA, José Pedro Cachiungo e Adalberto Costa Júnior, já manifestaram a suas intenções de candidatura à liderança do partido.
“Temos um sistema de várias listas e nesse momento temos já duas pré-candidaturas, nomeadamente do engenheiro José Pedro Cachiungo e do engenheiro Adalberto Costa Júnior, mas essas pré-candidaturas serão depois submetidas ao crivo da comissão eleitoral entre 16 e 30 de setembro”, disse à agência Lusa o porta-voz do congresso, Rúben Sicato.
Um dos requisitos para a eleição de um novo líder do partido, cujo presidente se encontra no cargo desde 2003, é o apoio das bases e a reunião de 1.000 assinaturas de militantes das 18 províncias do país.
Segundo Rúben Sicato, a entrega de candidaturas ao cargo de presidente da UNITA, fundada por Jonas Savimbi, morto em combate em 2002, decorre na segunda quinzena de setembro, processo previsto nos regulamentos partidários e com avaliação do comité permanente do partido.
O anterior congresso da UNITA, fundada em 1966, realizou-se em dezembro de 2015, no município de Viana, a leste de Luanda, na presença de 1.165 delegados, que reelegeram Isaías Samakuva como líder, com 949 votos, derrotando Paulo Lukamba Gato (167 votos) e Kamalata Numa (25 votos).
O líder da UNITA não declarou ainda publicamente se será, ou não, candidato à reeleição.