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Domingo, 29 Mai 2016 00:28

Cidade de Luanda não se explica

Luanda é, hoje, um enorme, infinito supermercado. Há as quitandeiras e as zungueiras e os zungueiros. Coisas diferentes e iguais. Sem contradição. Zungueira vende no passeio da rua quando há, ou numa berma imaginária que se inventa. Em todas as ruas. Em qualquer rua. Em qualquer sítio. Até à porta dos supermercados. Fruta. Peixe. Legumes. Mandioca. Carne. Batata. Quitandeira vende no quintal. Fuba. Paracuca. Jinguba. Kifufutila. Galinhas vivas, das que ciscam na terra.

Em Angola, as acusações de intolerância política viraram moda, principalmente entre os dois maiores partidos, nomeadamente a UNITA e o MPLA. Geralmente, estas acusações tem um sentido único de o MPLA ser o agressor da UNITA.

Os recentes massacres, protagonizados por partido dos camaradas, em Benguela, contra militantes da UNITA, demonstram que não houve Reconciliação nacional e o regime de JES, esta apostado na lei da selva, para continuar a neocolonial a nossa terra, com vista continuar a açambarcar, do que resta do erário público de Angola, de cujo os activos, o ditador, já colocou nas mãos dos seus próprios filhos, particularmente Isabel dos Santos e Jose Filomeno dos Santos Zenu.

No debate de sexta-feira dia 20 de Maio (hoje), Roberto de Almeida (ou qualquer outro dirigente de topo do MPLA) era uma das pessoas esperadas na linha de debates da TVZimbo. O que ficou claro é que o MPLA ainda tem dificuldades de enfrentar o povo que governa; ficou claro que o MPLA percebe mal a situação criada pela sua governação; ficou claro que o MPLA tem dificuldades de lidar com os problemas das populações (acha que construiu um paraíso quando o povo - a maioria esmagadora - vive um verdadeiro inferno).

Muitos membros do MPLA da Província do Zaire me pedem para abandonar a política e dedicar-me Exclusivamente a cultura.

De igual modo, um antigo membro do Comitê Central do referido partido, MPLA, e Governador Provincial pede-me insistementr para inclinar-me só a cultura.

A suposta vinda de efectivos policiais Chineses a Angola, para suposta protecção dos seus cidadãos, da delinquência, visa distrair o menos atentos, sobre as reais intenções de JES, uma vez que Angola, conta com um sem número de exércitos bem treinados, capazes de combater a criminalidade em Angola, com particular destaque da chamada polícia de intervenção rápida/nijas, as Forças Armadas Angolanas, ou a própria UGP que se encarrega da protecção direita de JES etc. etc.

Do ponto de vista mais político-partidário, parece-nos já haver poucas dúvidas quanto ao facto de ser exactamente do lado daqueles que mais reclamam contra a má utilização das redes sociais, que são provenientes as principais agressões e manifestações de intolerância no âmbito do debate contraditório, que é o pão nosso de cada dia de qualquer sociedade democrática.

Desde 1975 logo depois da independência de Angola que acompanho , conheço e vejo com os meus próprios olhos a articulação esquemática e perfeitamente bem estruturada da corrupção nos mais variados escalões da sociedade angolana dentro e fora do país.

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