Domingo, 28 de Abril de 2024
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O novo Governador do Banco, Walter Filipe, conseguiu finalmente comunicar com a imprensa, o que aconteceu esta semana no formato “pequeno almoço com…”, que agora é muito usado pelos políticos para falarem mais à vontade com a “malta” e dizerem mais ou menos tudo o que acham que devem dizer. Como é evidente, nunca dizem tudo, pois assim eles, enquanto fontes primárias, depois ficavam sem mais nada para irem “pingando”, pelo que deixavam de ter a grande importância que hoje possuem e certamente não querem perder. Nós, entretanto, dominaríamos de tal forma os dossiers que já não era preciso mais andarmos por aí a fazer “queixinhas” da falta de colaboração das entidades públicas e privadas na hora de partilharem com o país os seus sucessos, infortúnios e angústias.

Como o regime angolano tem eliminado de forma quase como seletiva angolanos especialmente dirigentes, simpatizantes, amigos e militantes da UNITA, hoje entre várias perguntas que se colocam uma delas e com frequência é se para a UNITA a paciência tem limites ou não, ou se para ela o melhor é mesmo só sofrer até (Deus) quiser, para se preservar aquilo que no conceito de uma parcela de angolanos é a (paz)?

O povo angolano de Cabinda ao Cunene é, na sua esmagadora maioria, tolerante, hospitaleiro e fraterno, razão pela qual temos dos mosaicos etnolinguísticos africanos mais pacíficos.

Domingo, 29 Mai 2016 00:28

Cidade de Luanda não se explica

Luanda é, hoje, um enorme, infinito supermercado. Há as quitandeiras e as zungueiras e os zungueiros. Coisas diferentes e iguais. Sem contradição. Zungueira vende no passeio da rua quando há, ou numa berma imaginária que se inventa. Em todas as ruas. Em qualquer rua. Em qualquer sítio. Até à porta dos supermercados. Fruta. Peixe. Legumes. Mandioca. Carne. Batata. Quitandeira vende no quintal. Fuba. Paracuca. Jinguba. Kifufutila. Galinhas vivas, das que ciscam na terra.

Em Angola, as acusações de intolerância política viraram moda, principalmente entre os dois maiores partidos, nomeadamente a UNITA e o MPLA. Geralmente, estas acusações tem um sentido único de o MPLA ser o agressor da UNITA.

Os recentes massacres, protagonizados por partido dos camaradas, em Benguela, contra militantes da UNITA, demonstram que não houve Reconciliação nacional e o regime de JES, esta apostado na lei da selva, para continuar a neocolonial a nossa terra, com vista continuar a açambarcar, do que resta do erário público de Angola, de cujo os activos, o ditador, já colocou nas mãos dos seus próprios filhos, particularmente Isabel dos Santos e Jose Filomeno dos Santos Zenu.

No debate de sexta-feira dia 20 de Maio (hoje), Roberto de Almeida (ou qualquer outro dirigente de topo do MPLA) era uma das pessoas esperadas na linha de debates da TVZimbo. O que ficou claro é que o MPLA ainda tem dificuldades de enfrentar o povo que governa; ficou claro que o MPLA percebe mal a situação criada pela sua governação; ficou claro que o MPLA tem dificuldades de lidar com os problemas das populações (acha que construiu um paraíso quando o povo - a maioria esmagadora - vive um verdadeiro inferno).

Muitos membros do MPLA da Província do Zaire me pedem para abandonar a política e dedicar-me Exclusivamente a cultura.

De igual modo, um antigo membro do Comitê Central do referido partido, MPLA, e Governador Provincial pede-me insistementr para inclinar-me só a cultura.

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