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Sexta, 03 Junho 2016 00:13

Tudo em família… e de ladrões

Não há nenhum multimilionário negócio em Angola em que o clã Eduardo dos Santos não participe. Recorde-se que qualquer investimento superior a 10 milhões de dólares tem de ser analisado e aprovado pelo Presidente.

Prendam-se as kinguilas todas do País. Julguem-nas sumariamente. Culpem-nas pelos valores assustadores que dólares e euros estão a atingir na rua. A pedido do Banco Nacional de Angola. Que não sabe como se desenrola o processo que faz com que elas (e eles...), o último elo, e o mais fraco, de toda esta cadeia, sejam os culpados da existência de divisas nas ruas que deveriam estar nos bancos comerciais, ao serviço dos cidadãos e da repentinamente tão famosa diversificação da economia. O Banco Nacional não sabe como as divisas vão parar ao mercado negro. Os bancos comerciais não sabem como as divisas vão parar ao mercado negro. Quem dirige a política monetária angolana não sabe como as divisas vão parar ao mercado negro. Não faz mal nem virá daí grande mal ao mundo.

O coragem Patriótica, do actual governador do Banco Nacional de Angola, Walter Filipe, em haver dado um autêntico murro na mesa, acusando as empresas detidas por estrangeiros de origem duvidosa em Angola, que fazem sociedades com pessoas politicamente expostas, particularmente generais do regime, entre outras figuras ligadas a JES,demonstra claramente a inocência do presidente de Angola em continuar a apostar em práticas de nepotismo, corrupção generalizada, com suspeitas de financiamento ao terrorismo internacional a mistura, razão pela qual (des)governação de JES, já perdeu a reputação, aos olhos dos Angolanos e dos países do mundo civilizado.

O novo Governador do Banco, Walter Filipe, conseguiu finalmente comunicar com a imprensa, o que aconteceu esta semana no formato “pequeno almoço com…”, que agora é muito usado pelos políticos para falarem mais à vontade com a “malta” e dizerem mais ou menos tudo o que acham que devem dizer. Como é evidente, nunca dizem tudo, pois assim eles, enquanto fontes primárias, depois ficavam sem mais nada para irem “pingando”, pelo que deixavam de ter a grande importância que hoje possuem e certamente não querem perder. Nós, entretanto, dominaríamos de tal forma os dossiers que já não era preciso mais andarmos por aí a fazer “queixinhas” da falta de colaboração das entidades públicas e privadas na hora de partilharem com o país os seus sucessos, infortúnios e angústias.

Como o regime angolano tem eliminado de forma quase como seletiva angolanos especialmente dirigentes, simpatizantes, amigos e militantes da UNITA, hoje entre várias perguntas que se colocam uma delas e com frequência é se para a UNITA a paciência tem limites ou não, ou se para ela o melhor é mesmo só sofrer até (Deus) quiser, para se preservar aquilo que no conceito de uma parcela de angolanos é a (paz)?

O povo angolano de Cabinda ao Cunene é, na sua esmagadora maioria, tolerante, hospitaleiro e fraterno, razão pela qual temos dos mosaicos etnolinguísticos africanos mais pacíficos.

Domingo, 29 Mai 2016 00:28

Cidade de Luanda não se explica

Luanda é, hoje, um enorme, infinito supermercado. Há as quitandeiras e as zungueiras e os zungueiros. Coisas diferentes e iguais. Sem contradição. Zungueira vende no passeio da rua quando há, ou numa berma imaginária que se inventa. Em todas as ruas. Em qualquer rua. Em qualquer sítio. Até à porta dos supermercados. Fruta. Peixe. Legumes. Mandioca. Carne. Batata. Quitandeira vende no quintal. Fuba. Paracuca. Jinguba. Kifufutila. Galinhas vivas, das que ciscam na terra.

Em Angola, as acusações de intolerância política viraram moda, principalmente entre os dois maiores partidos, nomeadamente a UNITA e o MPLA. Geralmente, estas acusações tem um sentido único de o MPLA ser o agressor da UNITA.

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