Arrastados pelo turbilhão de épocas remotas enfeitiçadas pela guerra, informados de modo unilateral de que a guerra é a única espingarda capaz de fazer o poder num facto, sem percepção quanto às grandes transformações que já se realizaram ou se começam a realizar através da paz e sem vislumbre do futuro que já se está a configurar num amanhã verdadeiramente risonho, desencaminhado o povo vítima de quase tudo quanto os senhores de armas pensam, fazem refém a opinião pública, o desejo público e a vontade pública que se fez expressa de forma clara nas urnas, andam no significado por eles atribuído à expressão da guerra como arma opressora e a única com valor dos juízos que formam para chegar à cadeira da cidade alta.
Por João Henrique Hungulo