Por Raul Diniz
Nem mesmo com magicas se podem fazer omeletes sem ovos, como não existirão ovos sem galinhas poedeiras.
Não se podem fazer omeletes sem ovos, quando a vontade de um só homem determina a navegação de um regime, não pôde considerar esse sistema como um regime apelativamente democrático. Pensar assim, na pratica seria o mesmo que conviver com esse lamaçal de incoerências, como associar uma arritmia cardíaca a um derrame cerebral.
EXISTE SIM O BINÔMIO chamado estado democrático e de direito, mas, DENOMINADOR ACEITÁVEL EM DEMOCRACIA São sem sombra de dúvidas as LIBERDADES DE EXPRESSÃO E DE MANIFESTAÇÃO PÚBLICA.
Aceitar uma situação similar seria o mesmo que aceitar a instalação dissimulada de valores invertidos antidemocráticos na vida das populações, vistas as coisas por outro ângulo, torna-se incoerente aceitar que a democracia é sinônima de insalubridade consciente dos órgãos institucionalizados e/ou de repressão. Pensar assim significa estar identificado com a violação insana dos direitos humanos.
Em tese, seria insidioso e atípico e até mesmo macabro aceitar a existência de variadas tipicidades de democracias dentro de um só sistema politico.
Além de ser uma maneira perigosa de descaracterizar a democracia no seu todo, como também seria maneira inaceitável de descartar o estado de direito como vetor do respeito democrático, como seria concordar com as sistêmicas falácias antidemocráticas todos os dias difundidos pelos irascíveis órgãos de comunicação social controlado pelo MPLA/JES.
A democracia não é um sistema seletivo alargado, mas trata-se de um sistema politico eletivo, abrangente e pluralista.
É tão simples como isso, ou há democracia ou ela não existe pura e simplesmente. É estranho que mentes brilhantes se tenham desgastado tão ingloriamente com discursos apologistas que afastam cada vez mais o povo do arco do poder, hoje esses efêmeras mentes pensadoras afetas ao sistema têm bloqueado, e/ou desconstroem o pensamento democrático com vontades e ideias adúlteras e antirrepublicanas.
Esses impetuosos elementos notívagos agem como bloqueio, ou como forças de tampão adjutoras que persistem em ajudar a incrementar as variantes do sistema politico que tem violado sistemático o direito das liberdades do povo, que vive amargamente num deserto desesperante, como se de zumbis e/ou fantasmas se tratasse.
A linha divergente que separa a insanidade da loucura do regime é deveras ténue.
Quando num sistema politico a vontade de um só homem prevalece num todo social, ali não há democracia, tão pouco ali impera o republicanismo. Nenhum homem pode estar acima do partido que o sustenta no poder, nem tão pouco uma só pessoa pode ser detentor exclusivo do poder.
Ninguém em democracia pode decidir estar acima da constituição e da lei, quem se sente acima do povo e atropela as liberdades dele não é nem de perto nem de longe um democrata republicano. O que encontramos nesse sistema é o puro arrivismo doentio antidemocrático, transmissor do vírus infecioso da ditadura prevalecente em Angola.
A clareza, a verdade e a transparência politica são o santo graal da democracia.
Assiste-se nos dias de hoje em angola uma movimentada sucessão de atos dinásticos inaceitáveis, que ferem os princípios relevantes da democracia representativa. Esses atos são ardilosos e se parecem com atitudes e horripilantes antirrepublicanas e por consequência são atitudes arbitrarias antissociais que fere os preceitos do estado de direito democrático.