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Quarta, 06 Janeiro 2016 14:49

Não há poesia sem poetas nem existe democracia sem democratas

Por Raul Diniz

Nem mesmo com magicas se podem fazer omeletes sem ovos, como não existirão ovos sem galinhas poedeiras.

Não se podem fazer omeletes sem ovos, quando a vontade de um só homem determina a navegação de um regime, não pôde considerar esse sistema como um regime apelativamente democrático. Pensar assim, na pratica seria o mesmo que conviver com esse lamaçal de incoerências, como associar uma arritmia cardíaca a um derrame cerebral.

EXISTE SIM O BINÔMIO chamado estado democrático e de direito, mas, DENOMINADOR ACEITÁVEL EM DEMOCRACIA São sem sombra de dúvidas as LIBERDADES DE EXPRESSÃO E DE MANIFESTAÇÃO PÚBLICA.

Aceitar uma situação similar seria o mesmo que aceitar a instalação dissimulada de valores invertidos antidemocráticos na vida das populações, vistas as coisas por outro ângulo, torna-se incoerente aceitar que a democracia é sinônima de insalubridade consciente dos órgãos institucionalizados e/ou de repressão. Pensar assim significa estar identificado com a violação insana dos direitos humanos.

Em tese, seria insidioso e atípico e até mesmo macabro aceitar a existência de variadas tipicidades de democracias dentro de um só sistema politico.

Além de ser uma maneira perigosa de descaracterizar a democracia no seu todo, como também seria maneira inaceitável de descartar o estado de direito como vetor do respeito democrático, como seria concordar com as sistêmicas falácias antidemocráticas todos os dias difundidos pelos irascíveis órgãos de comunicação social controlado pelo MPLA/JES.

A democracia não é um sistema seletivo alargado, mas trata-se de um sistema politico eletivo, abrangente e pluralista.

É tão simples como isso, ou há democracia ou ela não existe pura e simplesmente. É estranho que mentes brilhantes se tenham desgastado tão ingloriamente com discursos apologistas que afastam cada vez mais o povo do arco do poder, hoje esses efêmeras mentes pensadoras afetas ao sistema têm bloqueado, e/ou desconstroem o pensamento democrático com vontades e ideias adúlteras e antirrepublicanas.

Esses impetuosos elementos notívagos agem como bloqueio, ou como forças de tampão adjutoras que persistem em ajudar a incrementar as variantes do sistema politico que tem violado sistemático o direito das liberdades do povo, que vive amargamente num deserto desesperante, como se de zumbis e/ou fantasmas se tratasse.

A linha divergente que separa a insanidade da loucura do regime é deveras ténue.

Quando num sistema politico a vontade de um só homem prevalece num todo social, ali não há democracia, tão pouco ali impera o republicanismo. Nenhum homem pode estar acima do partido que o sustenta no poder, nem tão pouco uma só pessoa pode ser detentor exclusivo do poder.

Ninguém em democracia pode decidir estar acima da constituição e da lei, quem se sente acima do povo e atropela as liberdades dele não é nem de perto nem de longe um democrata republicano. O que encontramos nesse sistema é o puro arrivismo doentio antidemocrático, transmissor do vírus infecioso da ditadura prevalecente em Angola.

A clareza, a verdade e a transparência politica são o santo graal da democracia.

Assiste-se nos dias de hoje em angola uma movimentada sucessão de atos dinásticos inaceitáveis, que ferem os princípios relevantes da democracia representativa. Esses atos são ardilosos e se parecem com atitudes e horripilantes antirrepublicanas e por consequência são atitudes arbitrarias antissociais que fere os preceitos do estado de direito democrático.

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