Domingo, 28 de Abril de 2024
Follow Us

Domingo, 29 Março 2015 22:39

Bloco colonialista interfere nos Tribunais

De Portugal nunca nos chega bom senso nem casamento. As elites corruptas e ignorantes dominam de uma forma avassaladora todos os sectores da sociedade e têm sempre a moca afiada quando se trata de agredir Angola.

Os órfãos do império não são capazes de fazer um esforço para compreender que os portugueses devem aos angolanos a derrota do regime fascista, porque foi graças à luta armada de libertação nacional que o Movimento das Forças Armadas deu o empurrão final à ditadura instaurada no dia 28 de Maio de 1926.

Para minorarem o seu grau de ignorância, ficam a saber que Gomes da Costa, o líder do movimento fascista, foi derrotado clamorosamente nos Dembos, pelas tropas de Cazuangongo, quando tentou tomar a sua cidadela real. Saiu de Luanda com centenas de homens bem armados e regressou dois meses depois roto e descalço, com os restos da tropa desmoralizada e incapaz de combater.

As elites portuguesas corruptas e ignorantes vivem num tal grau de ressentimento e espírito de vingança que qualquer pobre diabo, pago pela CIA, pelo George Soros e afins, é arvorado em herói, quando diz umas baboseiras contra Angola. Se a alimária tiver nacionalidade angolana é elevada aos píncaros e mobiliza toda a sociedade portuguesa, do Partido Socialista ao Bloco de Esquerda, dos criadores do lobby da UNITA em Portugal (CDS) aos patrões refastelados na crise, do PSD da Jamba aos heróis da “transparência”, como Paulo Morais, que durante muitos anos andou de mão estendida a “vender” campanhas eleitorais e sondagens da treta às Câmaras Municipais do PSD. De moinante passou a impoluto.

Para fazer carreira tem que dizer mal de Angola. Rui Rio é que o topa, partiu-lhe o semieixo na primeira viagem e deixou-o de mãos a abanar. Só lhe resta a “transparência” num país onde a política está afundada na escuridão das águas do pântano que António Guterres avisadamente rejeitou. O problema é que não passa de um Rafael Marques sem vergonha.

Os beneficiários do 25 de Abril de 1974 odeiam o MPLA, porque derrotou o fascismo. Os seus pais foram apeados. Mesmo os que se auto-guindaram às elites culturais odeiam quem lhes devolveu a liberdade. Não suportavam Agostinho Neto porque os libertou. Não suportam José Eduardo dos Santos porque os ajudou a matar a fome. Espumam ódio quando se lembram que Angola é um país livre e independente. Pobre gente que sempre teve fracos reis. Hoje está nas mãos da mais abjecta casta de parasitas.

Agostinho Neto foi um libertador. Guindou Angola à Independência Nacional. Libertou os portugueses do fascismo. Partiu corajosa e determinadamente para a libertação da Namíbia, Zimbabwe e África do Sul. Por isso, as elites portuguesas corruptas e ignorantes, sempre que podem, atacam-no cobardemente. José Eduardo dos Santos libertou o mundo do regime de apartheid de Pretória. A Humanidade deve-lhe a libertação dessa desonra. No Triângulo do Tumpo derrotou as tropas sul-africanas e de Savimbi, abrindo caminho à Independência da Namíbia, à libertação de Mandela e à democracia na África do Sul. Mudou o continente e o mundo. As elites portuguesas corruptas e ignorantes mordem-lhe os calcanhares. Mabecos  raivosos são logo grandes senhores, se difamarem o nosso Presidente e os titulares dos nossos órgãos de soberania.

Deputados da “esquerda” portuguesa eram tu cá tu lá com os bandoleiros do regime de apartheid e seus serventes angolanos. Vários políticos   passeavam-se pela África do Sul e os racistas estendiam-lhes a passadeira vermelha.

Antes do 25 de Abril, Savimbi aliou-se aos colonialistas para impedir o triunfo da guerrilha do MPLA. Os seus homens foram reforçar os Flechas da PIDE. Depois da Independência Nacional transformou-se em soldado do regime de Pretória. O presidente Mário Soares recebeu o maior crápula de África no Palácio de Belém. Apenas porque era contra o MPLA e o regime angolano.

O  Bloco de Esquerda nasceu para servir de tampão ao avanço das forças democráticas em Portugal. É um clube de colonialistas ressabiados com palavreado progressista. Os seus dirigentes odeiam Angola e o MPLA de uma forma irracional. Francisco Louçã é um fascista arrependido. Anda a penar nos Meninos de Deus. A jovem Catarina Martins encontra-se com o chefe às escondidas na sacristia, para ele lhe dar a linha. A facção da UDP foi empalmada pelos “picaretas” trotskistas e o major Tomé foi rebaixado à mísera condição de bibelô do 25 de Abril.

A jovem Catarina deve ter enganado a menina Mortágua e o Pedro Filipe Soares. Vai daí apresentou na Assembleia da República um “voto” a solicitar “às autoridades judiciais angolanas a libertação e anulação do  julgamento do jornalista Rafael Marques”. Entre aspas é a notícia da Lusa, que continua ferozmente savimbista. Um equívoco: o herói do Bloco de Esquerda não está preso nem é jornalista. Ma isso não é grave.

Gravíssimo é titulares de um órgão de soberania português interferirem na decisão dos Tribunais e pressionarem o Poder Judicial em Angola. Além dos deputados do Bloco de Esquerda alinharam neste dislate de colonialistas assumidos, Isabel Santos, Eduardo Cabrita, Bravo Nico, Carlos Enes e António Cardoso, todos do partido de Mário Soares e do filho da Maria Antónia Palla. Um tal Nuno Sá, socialista de origem bravia, absteve-se. Em cima do muro é muito bom.

Um esclarecimento às elites corruptas e ignorantes portuguesas: em Angola há mais liberdade de imprensa do que em toda a União Europeia. Aqui até os caluniadores têm carta branca para assassinar a honra das suas vítimas. O Marques é um bom exemplo.

Por Álvaro Domingos

JA

Rate this item
(0 votes)