Na sequência do meu post anterior, e depois que o Presidente João Lourenço falou, direi que fez bem em falar e melhor do que se podia esperar. Não me pareceu – pelo menos, tão directamente, como gosta de fazê-lo – culpar a oposição e Adalberto, em particular, pelo “vandalismo” dos actos a que assistimos, com o coração nas mãos, mas em circunstâncias que, como tenho referido, eram perfeitamente espectáveis.
O que quero aqui deixar dito, como convicção minha e de muitos, é que as boas medidas apontadas para o paliativo, nem que se referisse ao menos uma vez à causa mais imediata do “vandalismo” que é a fome, não vão apagar, nem pouco mais ou menos, a raiz de um problema que se irá manter: o Estado angolano deve ser devolvido ao Povo Angolano, através de eleições livres, justas e transparentes, devendo salvaguardar-se que todos, ganhadores e perdedores das mesmas, sejam ilibados do que aconteceu no passado.
Saia-se do círculo vicioso de vinganças e contra vinganças e construa-se uma nova Angola, com compromisso e publicitação confiável, a partir de agora e a consolidar nas próximas eleições, em 2027.
Com tantos os poderes entregues à pessoa do PR, de forma tão insensata, só o titular desse cargo na actualidade, poderá evitar que soluções radicais que – quer gostemos quer não, estão a ser alvitradas nas redes sociais e outros espaços – venham a ser tentadas para piorar as nossas persistentes desgraças.
A não ser que o Presidente, com ou sem a sua ciência, esteja a ser empurrado por alguém ou alguma força que queira aproveitar-se dessas nossas “idosas” desgraças.
Então, investigue-se, que cheira a isso.
Marcolino Moco