Sábado, 02 de Agosto de 2025
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Sexta, 01 Agosto 2025 13:33

Subversão e insubordinação!

Antes devo dizer que o que se viveu na segunda-feira em Luanda, não nos agrada em nada, é a todos os níveis condenável. Digo não à pilhagem e ao vandalismo.

Tenho acompanhado quase todas as políticas e orientações dadas ao mais alto nível pelo Executivo, conheço o Plano de Desenvolvimento Nacional ( PDN), de uma ponta a outra, tenho acompanhado a reforma da justiça, a aprovação de novas leis…

Já fiz recursos a todos instrumentos de Estado, entre eles a Constituição, o Código de Procedimento Administrativo, a lei da Segurança Nacional, a lei da Publicidade, a lei das Micro, Pequenas e Médias Empresas, Plano de Desenvolvimento Nacional, as orientações do Presidente da República, saídas no Conselho de Ministros e não só, dos Ministros de Estado, infelizmente  os gestores públicos nunca deram a mínima importância para isso.

Estamos diante de uma Subversão e  insubordinação, isto é um problema muito grave, que devia merecer um acompanhamento a altura. Pois estamos num Estado de Direito e Democrático, em que as instituições foram constituídas através do sufrágio universal; em que foi expressa a vontade do povo soberano.

Apesar de algumas pessoas serem novas, os velhos hábitos ainda continuam, e o mais grave é que ninguém respeita a lei, muito menos as orientações dadas ao mais alto nível do Executivo no que diz respeito a resolução dos problemas do povo. e, pior do que isso, é, os órgãos que deviam fazer alguma coisa, mostram - se indiferentes.

Em tempos, uma vez mais, recorri das orientações do MINISTRO DE ESTADO DA COORDENAÇÃO ECONÓMICA, em que o mesmo disse na abertura do AngoTic, “  O Executivo quer Tecnologia como meio para combater desigualdades, gerar empregos e estimular o empreendedorismo ”… como sou empresário nesta área, e por conseguinte detemos a única plataforma de publicidade digital Angolana e sediada em Angola a prestar este serviço, pelo facto do serviço tecnológico de publicidade digital ( campanhas patrocinadas), serem pagas em divisas , não obstante à isso estarem a gerar prejuízos financeiros e económicos em divisas de aproximadamente 622.776.000 USD anualmente, exclusão digital comercial, fomento a informalidade digital e inflação,  como nós sabemos como mitigar, e, em contrapartida prevemos gerar mais de 50.000 empregos aos jovens possuidores de um smartphone, tablete e computadores, gerar receita fiscal por intermédio deste serviço.

Ou seja, queremos fazer de tudo para que este dinheiro não saia de circulação da economia Angolana, para beneficiar Angola e os Angolanos.

Como temos dificuldades de meios técnicos e tecnológicos, mesmo tendo já a plataforma feita e funcional desde 2020, solicitamos apoio de 3 computadores portáteis aos órgãos públicos, e nenhum deles foi capaz de nos ajudar, nem com pelo menos 1.

O INAPEM não respondeu ao pedido de Apoio até hoje, o MINISTÉRIO DO PLANEAMENTO, respondeu que não tem recursos para prestar apoio, o MINISTÉRIO DO ENSINO SUPERIOR CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO, respondeu que não tem recursos financeiros para prestar este apoio, A AGT não respondeu, a MINISTRA DAS FINANÇAS  não respondeu, o FADCOM, também não respondeu. fiquei a me perguntar, quem irá implementar as recomendações feitas pelo MINISTRO DE ESTADO DA COORDENAÇÃO ECONÓMICA?

E porquê as instituições públicas perderam a sensibilidade em ajudar uma empresa de jovens, e por conseguinte a única em Angola que está a lutar para mitigar os prejuízos financeiros e económicos, na ordem de 622.776.000 USD anualmente, exclusão digital comercial, fomento a informalidade, redução da inflação através deste serviço, e em contrapartida gerar mais de 50.000 empregos para os jovens possuidores de um smartphone tablete e computador?

Está falta de sensibilidade,  subversão, e insubordinação as orientações dada ao mais alto nível do poder Executivo, impedem a materialização das coisas.

Só uma plataforma pode COMBATER A DESIGUALDADE. Só uma plataforma pode GERAR EMPREGOS A NÍVEL NACIONAL. Só uma plataforma pode PROMOVER O  EMPREENDEDORISMO A NÍVEL NACIONAL. Só uma plataforma pode GERAR RECEITA FISCAL A NÍVEL NACIONAL.

Se estão a negar apoios na empresa que detém a única plataforma de publicidade digital Angolana, então quem irá materializar as recomendações dada pelo Ministro de Estado da Coordenação Económica feitas na abertura do AngoTic?

Será que também estão à espera de estrangeiros para virem fazer, para os mesmos depois terem que repatriar os dividendos para fora de Angola, e uma vez mais Angola e os Angolanos sairem prejudicados ? Pois sem dinheiro não haverá crescimento económico nem muito menos desenvolvimento.

Para que serve o nosso capital humano neste país?

Depois são os mesmos  insolidários,  representantes destas  instituições, incumpridores das causas de interesse público, e das  orientações do Executivo, que vêm falar de aumento da receita fiscal, emprego,  capacitação, mentoria, incubação, palestras …,  quando não querem saber de nós, muito menos dos seus superiores hierárquicos, apresentado modelos que nunca produziram resultados. Mas ainda assim recebem verbas do Orçamento Geral do Estado.

Desde que fazem estes programas que engoliram e vão engolindo as verbas do Orçamento Geral do Estado, quais são os resultados alcançados?

Qual é a empresa, empresário ou  empreendedor de referência nacional, que subsaiu destes programas de incubação, mentoria e outros...?

Será que ninguém consegue ver isso, que estes programas só produzem relatórios que não se refletem na vida da população Angolana?!

Há que se mudar algumas pessoas que não estão alinhadas e comprometidas com as metas do Executivo, que visam o bem estar do nosso país. É altura de se apostar nos membros da sociedade civil, para se atingir as metas que visam o bem estar de Angola e dos Angolanos.

Muitas pessoas já demonstraram que não estão para servir, mas para se servirem.

Em 2023  tive a ousadia em escrever para um órgão público , dizendo que o atendimento que nos têm dado, é para nos frustrarem, e nós jovens por sua vez, falarmos mal da governação do Presidente João Lourenço, passando-nos a ideia de que as orientações pelo não atendimento e falta de apoio, tem vindo da Presidência da República. Quando não é verdade; pois as orientações e recomendações do Presidente da República, e dos ministros de Estado, são claras quanto a ajuda e apoio que se deve dar aos jovens, por estes carecerem de uma atenção especial para se afirmarem na sociedade.

Por vezes me pergunto, qual é a agenda que alguns gestores públicos estão a implementar? Porque as recomendações do Executivo são umas, e bem claras. Mas a prática de alguns gestores públicos são outras, que até o diabo duvida.

Por: Tomás Alberto

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