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Segunda, 11 Novembro 2024 19:08

Não vejo nenhum líder da oposição angolana capaz de seguir o exemplo de Venâncio Mondlane

Um único líder em Moçambique, Venâncio Mondlane, dá lições que jamais serão esquecidas no continente africano e no mundo. Sua coragem e disposição para lutar por causas nobres contrastam fortemente com a realidade da política angolana.

Os líderes angolanos parecem ser muito cautelosos para se arriscarem. Para eles, aceitar o sacrifício por uma causa de grande nobreza, como deveria ser o papel de um líder, é algo que não se vê com frequência. Por norma, os líderes deveriam funcionar como bois puxando a carruagem que representa o povo, mas essa dinâmica parece ausente.

É fácil imaginar que alguém diria: "Venha cá tu e te ponhas à frente do povo". Contudo, essa visão ignora a complexidade da governança. O bem-estar de um país não depende apenas de quem está no poder, mas também do envolvimento e da coragem de todos os cidadãos.

Pessoalmente, nunca fui de "cozinhar o funge" para ninguém. Quem quiser funge que cozinhe ele mesmo. É interessante notar que meus filhos não comem funge, e alguns deles nem conhecem se é pena ou não; isso pouco importa nesta crônica.

A certeza que tenho é que, se o que está acontecendo em Moçambique ocorresse em Angola, já sei qual seria o primeiro líder a fugir. Não seria surpreendente vê-lo ser ajudado na fuga por amigos e familiares dentro do MPLA, algo que já ocorreu anteriormente.

Assim, enquanto Mondlane inspira coragem e sacrifício, a política angolana permanece em uma dinâmica onde a segurança pessoal parece prevalecer sobre a responsabilidade e a luta por um futuro melhor.

Por Fernando Vumby

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