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Domingo, 14 Dezembro 2014 11:34

Jornal de Angola arrasa oposição angolana

Jornal de Angola, RNA e TPA são órgão de estado ou do governo, não pertencendo a nenhum partido politico angolano mais nos últimos tempos estes três órgão de estado que é gasto dinheiro de todos angolano virou refém dum partido mais corrupto de África para atacar tudo ou aos todos que tentar criticar os membros do Mpla ou do governo num pais diz democrático.

Hoje o Jornal de Angola voltou a atacar oposição (CASA-CE) no artigo que intitulado “A réplica de um equívoco” assinado pelo seu director José Ribeiro que apresentamos na integra.

A réplica de um equívoco - José Ribeiro

O Orçamento Geral do Estado (OGE) para o próximo ano foi analisado e discutido nas comissões especializadas da Assembleia Nacional e regressou ao plenário para a aprovação final.

Os deputados estudaram o documento que define as receitas e as despesas em 2015 e fizeram um relatório parecer devidamente fundamentado. Depois foi a votação final. Nessa sessão plenária, a TPA transmitiu as imagens em directo. Todos viram a réplica de um equívoco protagonizada pelos deputados eleitos nas listas da CASA-CE.

A propósito das declarações de voto, o deputado Mendes de Carvalho (“Miau”) teve uma intervenção inflamada que mais parecia estar em causa o regime democrático. Um excesso que todo o país viu em directo. O que permite tirar a seguinte conclusão: a transmissão, em directo, das sessões plenárias é um bom (ou mau) reflexo da imagem e do nível de seriedade que os políticos passam aos seus eleitores. E se alguns políticos perdem prestígio e credibilidade – o que está a acontecer – perdemos todos, porque em primeiro lugar perde a democracia.

O presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, fez tudo para que ninguém saísse beliscado do episódio das declarações de voto. Mas em vão. Colocado o requerimento da CASA-CE à votação, foi rejeitado. Acto contínuo, os deputados da coligação fizeram confusão e saíram da sala. Infelizmente para a democracia angolana, já tínhamos visto este filme antes protagonizado pela UNITA.

Os deputados liderados por Abel Chivukuvuku fazem tudo para mostrar que são bons herdeiros da casa mãe. O tempo dirá se estão no caminho certo ou, se brindarem os angolanos com mais do mesmo, têm outra saída que não seja a derrota. Nenhum político consciente se deixa encurralar em actos inconsequentes e politicamente irrelevantes.

Abandonar a Assembleia Nacional no momento da votação do Orçamento Geral do Estado tem uma grande relevância. E é bem provável que tenha consequências de igual dimensão. Uma coisa é discordar, apresentar a alternativa, vincar posições, defender princípios programáticos outra é desprestigiar um importante órgão democrático.

O Parlamento é a instituição onde a diferença, a dissidência e a clareza de opiniões têm lugar privilegiado. É lá que cada deputado manifesta a sua posição, em defesa dos seus valores, legitimados pelo voto popular. Mas no órgão de soberania que é motor e seiva da democracia não podem existir cadeiras vazias.  Os deputados que abandonam os trabalhos da sessão plenária para manifestarem discordância da maioria estão a demitir-se do mandato que lhes foi confiado pelos eleitores.  Nenhum angolano vota em políticos que fogem ao diálogo, à discussão, ao debate. Os votos são confiados a quem promete cumprir um programa de governo e defender um modelo social, económico e político. Se os candidatos a deputados disserem aos eleitores que abandonam a Assembleia Nacional quando estiverem em desacordo com uma determinada proposta, ou as suas propostas não colherem a maioria dos votos, seguramente que não são eleitos.

Não vale a pena dar um mandato popular a quem se limita a usufruir das mordomias inerentes ao cargo de deputado e na hora da verdade abandona o “local de trabalho”. Absentismo já nós temos que chegue nas nossas empresas e serviços, especialmente nesta quadra festiva em que o problema se agrava.

É intolerável que políticos eleitos abdiquem das suas responsabilidades e se demitam da democracia. Esse equívoco é recorrente na UNITA,  mas a sua réplica nos deputados da CASA-CE mostra o porquê de termos em Angola apenas um grande partido. Em democracia, quem faz política de cadeiras vazias corre o risco de ver os  seus lugares ocupados nas próximas eleições. Os angolanos não querem que partidos políticos sejam problemas a acrescentar à lista dos que já existem e que tanto tem custado resolver.

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