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Quinta, 10 Outubro 2024 21:26

O risco da expansão do WhatsApp em África em especial em Angola sem concorrência local

Numa altura em que o mundo comunicação através de aplicativos e websites, África com 1.494 bilhões de habitantes, em que Angola tem mais de 32.000.000 milhões,  não tem nenhum aplicativo de chamadas, nem de envio de SMS, em uso sem depender das plataformas digitais internacionais.

A expansão e solidificação do WhatsApp em África, em particular em Angola, traz consigo um novo paradigma das telecomunicações, que sem nenhuma concorrente local, constitui uma ameaça para as operadoras de telefonia móvel dos países Africanos, sua soberania e estrangulamento da economia e finanças.

É só fazer uma conta básica de $10, valor previsto que cada Africano com acesso a internet gasta mensalmente X 149.491.668,0 correspondente a 50% no número de utilizadores de internet em África = $ 1.494.916.680 só através do digital, isso numa percentagem de 50% dos consumidores destes serviços, consegue-se retirar de circulação da economia Africana, mensalmente sem pagar nenhum tipo de imposto aos Africanos $1.494.916.680, não há e nunca haverá um país, ou um continente que irá crescer, ou desenvolver economicamente, registando prejuízos  mensais sobretudo em divisas, como estes.

Esperamos que África não venha a despertar 50 anos depois, tal como aconteceu com petróleo, e até hoje não consegue resolver o problema das refinarias, sem recorrer aos apoios e financiamento dos que vão explorado o mesmo petróleo a décadas no continente africano.

Já é notório os prejuízos que as telefonias móveis vão registrando aos poucos na perda de clientes nos serviços  de chamadas, e envio de SMS, a favor do WhatsApp!

Infelizmente, mesmo vendo e sabendo deste novo paradigma, que põe em causa o futuro das telecomunicações tradicionais  em África, quer às empresas de telefonia móvel, quer os Estados Africanos, até a data presente não se mobilizaram em fazer um aplicativo de comunicação local.

Este novo paradigma, para além de ser uma ameaça, é também uma oportunidade de negócios para os empresários Africanos. Que infelizmente, os mesmos preferem ser revendedores ao invés de produtores. Não obstante a isso, têm dificuldades em pensar a curto, médio e longo prazo.

A mentalidade dos Africanos, em especial Angolanos, e suas prioridades, têm lhes impedido atingir o  crescimento econômico sustentável, e o desenvolvimento de seu continente e país.

Não sei qual é o número de utilizadores do WhatsApp atualmente, mais daqui a 10 anos, penso que o número de habitantes do continente africano que atualmente é 1.494 bilhões de habitantes, irá duplicar.

E, o número de utilizadores de internet que atualmente corresponde a 40% desta população,  também irá duplicar. Com o uso e solidificação do  WhatsApp, repito , sem nenhuma concorrente local, que futuramente venderá os seus serviços, coisa que já tem feito atualmente através do chatbot, por enquanto direcionado as empresas, e eventos.

O facto destes serviços serem pagos em divisas,  de forma instantânea através de um cartão visa, para além de baixar os rendimentos das telefonias móveis, estes pagamentos de serviços, irá, e já estão a impactar drasticamente no crescimento da economia Africana, e em especial Angolana, que estão totalmente dependentes do uso desta aplicação.

Futuramente, isso se África não acompanhar a dinâmica do novo paradigma digital, como concorrente, ao invés de consumidora, será muito mais fácil ser dominada economicamente e estará totalmente dependente dos países detentores das grandes indústrias digitais.

Porque África está a se apresentar neste mosaico digital, apenas como quem facilita o acesso a internet, e, como consumidora.

Esperar que os empresários estrangeiros criem indústrias no nosso continente, ou em certos países, é muita ingenuidade dos Africanos.

As potências que disputam os 1.494 bilhões de habitantes, vêem os Africanos apenas como consumidores, e os seus territórios para exploração de matéria prima.

Mas será que não está claro que se fosse do interesse dos investidores estrangeiros, sobretudo os que vêm a explorando o petróleo, África já não teria as refinarias a muito tempo?! Mas se eles trazerem as refinarias e indústrias em África, qual será o negócio deles? Como é que a moeda deles será forte?

É dificil perceber isso?

Não é que eles sejam maus, é que os próprios Africano não conseguem enxergar as coisas à sua volta, e não fazem planos a curto, médio, e longo prazo, também não se importam com os prejuízos económicos e financeiros do colectivo, caso um deles esteja a se beneficiar temporariamente!

Ao invés de fazerem eles próprios, apoiando - se entre si, eles esperam que os empresários estrangeiros que mais se beneficiam disso, venham fazer por eles. Por está razão dão mais ênfase aos investimentos estrangeiros, ao invés de potencializarem seus verdadeiros empresários, para competirem com os concorrentes internacionais, ou trabalharem em cadeia com os mesmos.

Se os Africanos não desenvolverem a mentalidade competitiva, e apostar nos seus quadros, África  nunca será industrializada, e ficará sempre dependente. O dinheiro que nos é emprestado de manhã, de noite voltará para os países que nos emprestaram, porque são eles  que nos prestam serviços e nos vendem produtos de forma massiva.

Continuando assim, nesta dependência, a única coisa que irá crescer em África, serão as pessoas e as dívidas.

Abaixo link do vídeo, para uma explicação mais detalhada!

https://youtu.be/-YCAjt_foEo?si=o55PZKU-UaA-JxLj

Por: Tomás Alberto

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