O caso, revelado pelo perito judicial e especialista forense Sabalo Salazar, encontra-se sob investigação do Serviço de Investigação Criminal (SIC) e já resultou em exonerações e suspensões internas.
De acordo com as informações avançadas, a operação criminosa foi liderada por Telma Nascimento, ex-funcionária do BIC e do Atlântico BCS, que integrava a equipa do Centro de Empresa do Banco Yetu.
Ao lado dela, foram identificados como implicados Janete Mingas, Fernando Demba, Gaspar Mendes de Carvalho e António Suculate.
O grupo terá montado um esquema para transferir indevidamente fundos da petrolífera estatal, tendo sido desmantelado apenas após a segunda tentativa de execução.
O Banco Yetu confirmou a suspensão de colaboradores e a exoneração da diretora do Centro de Empresa de Talatona, enquanto alguns dos acusados encontram-se sob Termo de Identidade e Residência (TIR) e outros foragidos.
As denúncias indicam ainda que os Centros de Empresa do banco se transformaram em núcleos de práticas ilícitas, incluindo manipulação do mercado cambial, concessão de créditos a empresas fictícias e suborno a clientes.
O episódio reacende preocupações sobre a supervisão do Banco Nacional de Angola (BNA), que tem sido pressionado a intervir com maior rigor para salvaguardar a confiança no sistema financeiro.
Nos últimos anos, o Banco Yetu tem acumulado resultados negativos e denúncias de má gestão, incluindo o alegado desvio de mais de 10 milhões de dólares através de créditos fraudulentos. Para críticos, a sucessão de escândalos fragiliza a credibilidade da instituição, deixando clientes e parceiros em estado de alerta.
Enquanto o processo segue em investigação no SIC Geral, os acusados enfrentam suspeitas de associação criminosa, burla qualificada e desvio de fundos de uma das maiores empresas públicas do país. Imparcial Press