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Segunda, 23 Outubro 2023 10:35

Presidente João Lourenço e o embaixador Ismael Martins confunde tamanho do MPLA com o da ONU.

O Jornal de Angola traz a estampa na edição de domingo, uma notícia que, caso não se tratasse de um assunto preponderante para a diplomacia mundial, poder-se-ia considerar como sendo uma nota vesga, inserida num vespertino de notícias malicioso. Diz a notícia, que o ex embaixador Ismael Martins e o presidente do MPLA e da república João Lourenço, ambos defendem alterações nos estatutos do conselho das Nações Unidas.

De facto, existem crescentes apelos apelando que se façam mudanças de fundo nos estatutos daquele organismo mundial. Também é verdade que se sente movimentações que indicam sobretudo que haja alterações no conselho de segurança da (ONU) Organização das Nações Unidas, ou que o mesmo seja refundado.

O que torna risível tais apelos a firmações, é a defesa de tais alterações terem vindo que quem vieram! Pessoas que ao serviço de um estado déspota, que não respeitam a lei e a constituição do seu próprio país, queiram dar (Pítaco) opinião, sobre o que deve ou não ser alterado nos estatutos internos das Nações Unidas!

Em primeiro lugar, o presidente do MPLA, deve sim, propor a alteração imediata do formato e modo como o presidente do MPLA é eleito. O líder do MPLA, não tem como fazer ouvir a sua voz nas nações unidas. Porém, o importante mesmo é o presidente João Lourenço e Ismael Martins deixem de confundir o tamanho do MPLA com a ONU.

Os angolanos sabem que o presidente do MPLA e da república, é conhecido nas democracias representativas, como um bulldog que ladra com complexo de vira lata, ou seja, um pobre homem com complexo de rico.

O presidente do MPLA e da república, não pôde propor reformas na casa de outrem, sem primeiro reformar a sua, e se tratando de Angola, ela está a desabar a uma velocidade lancinante. Os estatutos do MPLA precisam de sofrer reformas profundas urgentes.

Por outro lado, caso o MPLA não mude de comportamento, o seu fim virá rapidamente. É inevitável que assim seja, o MPLA é um partido politicamente falido e sem ideias inovadoras. É inacreditável que ainda não tenha percebido que estruturalmente o MPLA é um partido ditatorial, e convive vergonhosamente em plena desarmonia com a sua militância, amigos e simpatizantes.

O partido da independência colocou de cócoras os seus militantes do passado e do presente, mas, sigamos o caso Ismael Martins, após a sua aposentação, Ismael Martins, além de ser acomodado pelo novo ditador dono do regime, serve para conjugar o verbo (encher) no presente do indicativo.

Até o momento não se lhe conhece proposta alguma de realce que ajudasse no presente e passado a mudar o paradigma das políticas de exclusão do MPLA para Angola, durante os longos períodos que permaneceu nos cargos que ocupou. A verdade é que o povo não quer mais distrações.

Em termos de balanço, como economista do regime é falha em todas as dimensões. Como diplomata pior ainda. Além do mais, é importante que se diga, que produtividade diplomática desenvolvida pelo presidente do MPLA e da república e seus auxiliares, é zero.

O irrepreensível ditador parou no tempo, todos perderam o respeito por causa dos seus desmazelos. O povo quer o fim da ditadura, mas o MPLA faz ouvidos de mocos, o angolano grita pelo fim da opressão, na verdade todos desejam o fim das perseguições e do bloqueio imposto a imprensa, mas no Kremlin ninguém escuta o apelo popular.

O país precisa desde já a pensar Angola, mas com outra configuração. Não pôde o país real, com tamanha diversificação sociopolítica e cultural, continuar a ser manipulada por um partido com o qual não se identifica.

Angola é maior que o MPLA.

Por isso, não pode aceitar que um grupo de pretos quimbundos e alguns mulatos sinistros assanhados, se se tenham apoderado do MPLA e juntos tomaram de assalto o país e fazem dele a sua lavra.

Angola precisa de acomodar todos seus filhos, mas, nada disso é possível caso o país continue nas mãos ardilosas do partido ditador. Nos estatutos do MPLA não esta consagrado a defesa dos estado de direito democrático. O MPLA, é um partido cujos alicerces estão firmados cinicamente nos princípios da ditadura do proletariado desde a chegada de Agostinho Neto e seus perigosos muchachos ao poder

Daí em diante, todos conhecem o percurso da nossa história e o tipo de pessoas criadas a imagem e semelhança do MPLA, para continuar com a ditadura sanguinária que estamos como ela. O ditador pensa e pensa errado, que impondo a ditadura se perpetuará no poder. Debalde.

O povo está arreliado pela insistente permanência do MPLA e de João Lourenço no poder. Ele, o ditador arrogante deduz, que assim consiga perpetuar-se no poder. O país precisa de todos seus filhos, e todos juntos temos que rediscutir com dinamismo um outro modelo de estado para Angola, e que ajude a melhorar o nível de vida das suas gentes.

O regime imposto ao soberano é insano e está ultrapassado no tempo e no espaço, temos que discutir essa regionalização, a que se olhar com mais atenção o tal ordenamento do território proposto pelo ditador. O que Angola precisa com urgência é a realização das autarquias.

O modelo de país que impingiram ao soberano povo angolano, está de todo ultrapassado e não fecunda mais. O país tem as condições ideais para se transformar num estado federado, composta de 18 estados ou províncias, aliás, as condições para tal projeto federativo, por si só já foram criadas naturalmente pelas múltiplas nações que compões o tecido da nossa ancestral angolanidade linguística e cultural.

Estamos juntos

Por Raúl Diniz

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