Quinta, 16 de Mai de 2024
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Sexta, 06 Outubro 2023 19:24

Os angolanos não recebem aulas de democracia do embaixador Norte Americano.

Com as constantes intervenções esdrúxulas do embaixador norte americano faz, a pergunta que não quer calar é: que espécie de mensagem afinal o embaixador pretende deixar aos angolanos?

Senão vejamos.

As intervenções do embaixador, além de ser ambíguas, mostram também um forte empenho elevada de ativismo pernicioso, que podem levar os angolanos a deduzirem, que embaixador americano de origem congolesa visa esperar eventuais benesses da parte do regime do MPLA.

É deveras alarmante e constrangedor, ouvir de declarações avulsas e improdutivas e infundamentadas do ponto de vista político-diplomático, de quem deveria ser cuidadoso nas suas falas públicas.

O embaixador e o departamento de estado norte americano sabem bem, que o regime angolano está contaminado de cima a baixo pela corrupção. Também se faz imperioso que os americanos façam uma check-list com urgência sobre o regime, para conhecer a espécie do regime, que se apossou do país e fez dele propriedade privada de uma minoria de mangas de alpaca sinistros.

Angola tem um regime ditatorial fechado ao extremo, até mesmo os deputados estão terminantemente impedidos de fiscalizar a gestão do governo e o modo como gastão os valores monetários adstritos ao (OGE) orçamento geral do estado.

Além do mais, o executivo de João Lourenço, é quem administra os orçamentos dos outros poderes da república, como a assembleia nacional e o do judiciário, é desse modo que os controla, chantageia e os enfraquece.

O regime está apodrecido por dentro e por fora está canceroso e em fase terminal, em suma, está condenado a morte.

É um governo aprazado que não oferece qualquer espécie de segurança aos seus parceiros comercias e políticos. Ao apostar em João Lourenço e no MPLA, os americanos podem estar a cometer um erro fatal.

A estratégia concertada pelo pentágono se não fosse uma situação seriamente perigosa, seria um caso risível a todos os níveis.

Afinal, que razões estão por detrás da insidiosa atuação do secretario da defesa norte americano? O que explica a passagem do patrão do Pentágono a Angola? De concreto nada se sabe a respeito, porém, o rabo do gato fora do armário pôde com certeza explicar alguma coisa…

Por outro lado, o governo actual dos Estados Unidos da Americano, sabe que o regime angolano roubou as eleições de agosto de 2022, esse dado é a comprovação inequívoca, que o partido estado no poder a pouco mais de 48 anos ininterruptos, não tem o povo do seu lado.

Aliás, todo regime, contando desde já com o próprio MPLA, forças castrenses (FAA) forcas armadas, (PN) polícia nacional e as secretas juntos representam apenas 9,23% dos 30 milhões de angolanos! Ou estarei errado, se assim não for corrijam-me por gentileza.

Isso significa, que nos dias de hoje, não adianta as potencias do universo das democrático representativas, irem á África só para construir bases militares, e em troca, oferecerem falsas proteções e ou chantageando alguns presidentes ditadores escroques, corrupto e donos de regimes cleptocráticos, que não tem o povo do seu lado. Isso em África já não cola. As potências ocidentais já deviam tirar ilações e aprender as lições com o que se esta a passar na África francófona.

Voltando ao embaixador americano, o estranho, é que ele faz declarações, que podem ser classificas como politicamente incorretas ou insultuosas e até mesmo heréticas.

Tais declarações, são de todo incabíveis do ponto de vista diplomático e certamente não fazem parte das estratégias definidas pelo departamento de estado norte americano, para Angola.

Faz-se por isso oportuno, que o Departamento de Estado americano, coloque um ponto final nas intervenções rocambolescas do seu representante em Angola.

Existe de facto uma necessidade premente que os Estados Unidos mostrem uma postura menos negligente, na aplicabilidade da sua política externa para Angola.

Pelo menos que seja realista, transparente e que produza resultados benéficos para os dois países.

Os arroubos permanentes do representante americano em Angola, não ajudam a limar as arestas criadas com as desconfianças advindas do passado recente, as declarações são inaceitáveis e de todo favoráveis por ajudar a fragmentar profundamente a união entres as nações que compõem o tecido da nossa angolanidade ancestral, que de si já pouco salutar.

Ninguém, no seu perfeito equilíbrio mental lhe passaria pela cabeça ouvir as recorrentes declarações nocivas do embaixador americano.

Quando afirma que Angola e os Estados Unidos da América do Norte, defendem os mesmos valores, percebe-se que o embaixador tenta colocar os estados Unidos e Angola, no mesmo patamar. Debalde.

Angola é um regime autocrático altamente corrupto, e tem a cabeça um presidente que se mantem no poder a custa de sucessivas fraudes eleitorais, para agravar ainda mais, o presidente da república é promotor da crescente miséria, fome e da impopular desordem política e social.

O líder do actual regime, além de ser um exímio protetor de gatunos corruptos, tem a agravante de durante 48 anos, viu roubar, beneficiou do roubo, participou diretamente na divisão do bolo desviado ao erário, e diz que não é ladrão!

Já os Estados Unidos, além de ser uma potência militar, é igualmente uma democracia representativa moderna onde os governos de partidos diferentes se sucedem no poder e governam com o povo e para o povo.

Enfim, os partidos políticos nos Estados Unidos se revezam no poder segundo a vontade do soberano povo americano. A isso se chama alternância do poder político.

Que fique bem claro, apesar de não ter procuração do povo para defendê-lo, claramente se percebe pelas reações aos discursos do diplomata americano, que os angolanos não desejam receber aulas sobre democracia representativa de um embaixador forjado na guerra fria e defende a injustiça e a desconstrução da diplomacia de engajamento construtivo.

É surreal que haja ainda diplomatas com princípios voláteis, cuja atuação incide em destrutivas permissividades no seu modus operandi.

Será que para os americanos europeus Chineses e russos, Angola serve apenas para venderem os seus armamentos bélicos e construir bases militares no seu território como desejam os americanos em Angola!

Será que no caso actual, os americanos vão construir bases militares em Angola, tendo como único fundamento maior proteger e manter o ditador angolano no poder?

Os sinais são evidentes, e casam quase com perfeição se se observar com atenção os discursos precários do representante americano. De facto, o embaixador tem dado mostras de não se importar ser considerado como fervoroso ativista favorável ao MPLA no poder a quase cinco décadas.

Era suposto esperar do embaixador responsabilidades acrescidas, não esse de divagações contraditórias, que, em abono da verdade objetiva, não ajudam a fortalecer as relações entre os Estados Unidos da América e o povo de Angola.

Em diplomacia, as recorrentes intervenções do embaixador podem ser lidas como interferência nos assuntos internos de Angola, e o país não se resume apenas ao governo e o MPLA.

Desde as últimas eleições fraudulentas, os angolanos estranharam o seu reconhecimento da parte do Departamento de Estado, sem sequer consultar o real e verdadeiro vencedor das mesmas, que com toda certeza não foi o MPLA a vencê-las.

As eleições foram descaradamente roubadas, não pôde uma potência como os estados unidos colocar a cabeça debaixo da areia como faz a avestruz, todos sabem que a maioria esmagadora do povo soberano não escolheu o MPLA em 2022 para governar o país.

Os angolanos querem outro tipo de relações com os Estados Unidos, deseja-se o rompimento com o passado infernal que foi e continua a ser impiedoso com os povos de africanos, faz-se importante ter um relacionamento que some e ajude a melhorar o bem-estar dos dois povos. Angola não precisa de acordos que visem a compra de armamento para manter a dinâmica militarista de sempre. Em Angola, o que não falta é armamento bélico, há armamento em todos os cantos e recantos do território nacional. Os angolanos esperam ouvir das autoridades norte americanas um outro discurso mais conciliador, que fale de liberdade de expressão e de ir e vir, que fale de democracia e de manifestação livre, onde o cidadão livremente exerça a sua cidadania plena. O importante para os angolanos é a pacificação dos espíritos que ajude a fortalecer a unidade nacional entre as muitas nações que constituem o país que angola é de facto.

Estamos juntos

Por Raúl Diniz

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