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Domingo, 21 Junho 2020 13:43

Origem étnica de João Lourenço

Em 2017 quando João Lourenço entrou no poder variadas comunidades congolesas reclamavam a cidadania de João Lourenço acusando – o de ser de etnia congolesa e não angolana.

Neste âmbito, os angolanos residentes na Bélgica bateram – se contra as comunidades congolesas residentes na Bégica acusando – as de serem caluniadoras e difamadoras por estarem a veicular informações falsas, de lembrar que, os debates entre ambas as comunidades angolana e belgas, levaram a intervenção da polícia belga em Bruxelas, capital da União Europeia (e lar de cerca de 100 mil africanos).

Tal facto terá acontecido no colorido bairro de Matonge, lá onde os congoleses expressam a sua força motriz, vivendo um pouco como na terra natal, a República Democrática do Congo (RDC). Ocupando 10% da população da capital Bélgica, Angolanos e congoleses tornaram – se meio irmãos no bairro Matonge, que é também o nome de um bairro da capital do Congo, mas a questão da origem de João Lourenço (em 2017 quando JLO se tornou PR da República) colocou angolanos e congoleses de costas viradas e de rostos franzidos.

O resultado de tal tumulto terminou num silêncio, mas como diz o adágio popular, o tempo é mestre de todas as verdades. Percorridos três anos do seu governo, variadas verdades ressuscitam e ganham novas pinceladas.

Recentemente as redes sociais ficaram inquinadas por uma nova acusação que dava conta que, JLO era de etnia congolesa; mas na verdade, a missão de um jornalista não é apenas publicar factos sem os provar, por isso, tratando – se de uma polémica que já havia levado os nossos irmãos congoleses e angolanos residentes na Bélgica à tumultos desnecessários, acorremos à uma pesquisa à distância por meio de informadores angolanos residentes na Bélgica, que pudessem contactar os congoleses lá residente e procurar por meio de ligações telefónicas pessoas que pudessem ir a busca da verdadeira origem do actual Presidente da República de Angola.

Finda a pesquisa, com um esforço avultado, dado o actual contexto de coronavirus, esforço esse que requereu gasto de valores monetários para que o resultado da pesquisa fosse fidedigno. O nosso amigo e irmão congolês, quem pediu em anonimato, fez ligações para os seus familiares residentes em Kinshasa, esses por sua vez, desenvolveram esforços para ir até três cidades congolesas entre elas: Tshikapa, Kananga e finalmente em Lubumbashi. Em ambas as cidades Tshikapa e Kananga os intervenientes do processo não chegaram de identificar rastos sobre a origem do terceiro presidente de Angola, mas a surpresa surge em Lubumbashi, onde terá encontrado alguém que conhecia familiares próximos que poderiam revelar essa verdade oculta, mas o mesmo predio em anonimato, e solicitou que lhe fosse pago algo em troca.

Dada necessidade da verdade, e atendendo a polémica das redes sociais sobre sua origem, não hesitamos em dar algo em troca para a busca da verdade. Vinte quatro horas depois, o sujeito já tinha o resultado da pesquisa completamente materializado. 

Foi em Catanga, na província do sul da República Democrática do Congo onde todas as verdades foram achadas. Um dos familiares materno de João Lourenço, que também recusou identificar – se, não hesitou em dizer que João Lourenço nasceu naquela cidade, altura em que aquela cidade chamava – se Shaba, no tempo do imperialismo belga. Os seus avós eram agricultores, seu pai aprendeu enfermagem com os imperialistas belgas que tomavam conta daquela terra.

Porém, seu pai, já exercitava actividades políticas clandestinas no Congo. Antes da independência do congo em 1958 foi forçado à emigrar do Congo para Angola por ser perseguido pelos imperialistas belgas, dada a natureza revolucionária do senhor Sequeira João Lourenço (nome atribuído em Angola), Sequeira Lourenço militou durante algum tempo o movimento nacionalista (MNC) que teve início nos anos 50 sob liderança de Patrice Lumumba. A RDC é um país multilingue, onde um total estimado de 242 línguas são faladas, mas o pai de João Lourenço dominava duas línguas daquela terra: lingala e swahili. Expressava também bem a língua francesa.

O familiar conta que o nome original do pai não é Sequeira Lourenço. Sequeira Lourenço foi um nome inventado para se identificar como angolano, e ganhar a cidadania angolana. Segundo o familiar, o nome Sequeira Lourenço foi atribuído quando emigrou do Congo para a cidade portuguesa de Angola, mas o mesmo preferiu não divulgar o nome real do pai, preferiu manter – se em sigilo.

Porém, o avô materno de João Lourenço levou toda sua vida em Lubumbashi, a capital, por sinal a maior cidade da província do Haut – Katanga, localizada no Sudeste do país, perto da fronteira com a Zâmbia.

O interlocutor contou que João Lourenço nasceu no Congo, mas foi aos três anos de idade que seus pais levaram – o à Angola, por isso, não é lógico que se chame João Lourenço de congolês, ele é angolano com raízes congolesas, reforçou o familiar.

Para o interlocutor, João Lourenço nasceu no Congo mas cresceu em Angola, sua origem é congolesa, mas sua vida toda foi realizada em Angola.

Quando perguntado sobre as polémicas das redes sociais sobre as acusações que estavam à ser dirigidas à JLO, o familiar acusou os internautas de serem malucos autênticos e exclamou “esses tais das redes sociais não batem bem da cabeça”, para ser presidente até não é preciso ser do País onde você vai ser presidente, disse o familiar, eles que perguntem aos congoleses se Mobutu Sese Seko Nkuku Ngbendu wa Za Banga foi congolês de raíz, Kabila pai e Kabila filho também não foram congoleses e governaram Congo, qual problemas desses malucos das tais redes sociais de querem perguntar de origem e achar que governar um País a pessoa tem que nascer naquele País, esses tais das redes sociais são pessoas que não têm coisa para fazer e leva a vida a beber e falar da vida das pessoas, são fofoqueiros que não ajudam nenhum País ir em frente”, reforçou o familiar.

Terá afirmado ainda que, João Lourenço não é congolês, é angolano, porque levou toda sua vida em Angola, lutou por Angola, e dedicou toda a sua juventude à Angola, não tem sentido chamar de congolês alguém que fez mais por Angola que os próprios angolanos que nasceram em Angola e nada fazem para melhorar o País, reforçou. Para o familiar, João Lourenço, apenas nasceu no Congo, não chegou de viver no Congo, comparou João Lourenço a outros líderes mundiais que como Hitler e Obama, que governaram quer a Alemanha e os EUA, mesmo não tendo nascido naqueles países. Reafirmou que, o mais importante não é onde João Lourenço nasceu, o mais importante são as mudanças que o mesmo está a fazer em Angola, está a trabalhar muito melhor que o senhor José Eduardo dos Santos que levava a vida inteira a roubar em vez de desenvolver o País, reforçou o familiar. Tendo tecido elogios avultados à figura de João Lourenço, ao afirmar que João Lourenço não é orgulho para o Congo, é orgulho para Angola porque quem ganha com a presidência de João Lourenço não são os congoleses são os angolanos.

Por Leomar da Cunha Francisco

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