A postura de Paulo Julião há muito que tem sido contestada por alguns colegas seus, inclusive no Conselho de Administração. Como prova disso, está o facto de Gonçalves Inhanjica, pessoa que o foi buscar à Rádio, ter manifestado arrependimento em alguns círculos, por sentir-se decepcionado com a atitude pouco profissional espelhada pelo administrador, desde que chegou ao cargo na TPA.
Paulo Julião é acusado de ser o principal responsável pela divisão da classe de jornalistas na televisão pública, mas sobretudo pelo "desaparecimento" dos ecrãs de grandes apresentadores e repórteres.
As pessoas na TPA estão revoltadas com a forma de abordagem de Paulo Julião à determinados assuntos, que aos profissionais da estação televisiva dizem respeito.
O administrador é uma pessoa conflituosa, que não consegue encarar os trabalhadores "olhos nos olhos" e prefere usar outros, para criar um ambiente de intriga na TPA. Usa o director de informação para causar mal-estar entre os colegas, colocando uns contra outros, e prejudicar a maioria.
Como se não bastasse isso, Paulo Julião sente-se muito bem protegido, pois gaba-se de ser amigo pessoal do PCA da televisão, Francisco Mendes, e que este não o vai fazer nada, porque é miúdo dele.
Para muitos funcionários da TPA, Paulo Julião pode estar a abusar do facto de Francisco Mendes ser uma pessoa extremamente ponderada e que não gosta de chocar com ninguém. O mau carácter de Paulo Julião na TPA é a todos os níveis deplorável e parece não ter limites. O homem sente-se mais administrador que todos os seus colegas, que se esquece, inclusive, de respeitar a existência de um PCA, que é o seu superior hierárquico. O mais grave nas atrocidades de Paulo Julião prende-se com o facto de estar a contribuir para criar um mau-clima de trabalho, harmonia e plena convivência na TPA. Todos estão fartos dos seus excessos e falta de postura e perfil profissional, de formas que correm rumores da existência de algumas influências junto do ministro Carnaval, para que o mesmo seja afastado do Conselho de Administração da televisão pública.
Por Carlos da Silva