A notícia é avançada este sábado pela Agência de Informação de Moçambique, que diz que os dados foram retirados a partir da análise das caixas negras do Embraer 190 da LAM. A conclusão foi apresentada por o PCA, Presidente do conselho de administração da companhia de aviação, LAM, linhas aéreas moçambicanas, João de Abreu.
Durante uma conferência de imprensa, este sábado, 14 de dezembro, na capital moçambicana, o PCA, da LAM, linhas aéreas moçambicanas, João de Abreu, declarou que não houve nenhuma avaria técnica no avião que fazia a ligação Maputo/Luanda.
"Não foi evidenciado nenhum mau funcionamento mecânico e de navegabilidade do avião; e o relatório preliminar do acidente, poderá estar concluído, mesmo antes dos trinta (30) dias recomendados pela ICAO, a Organização da aviação civil internacional", foi assim que o PCA, da transportadora moçambicana LAM, falou aos jornalistas.
As gravações da tripulação, que se encontram em bom estado, também poderão ajudar os investigadores a perceber o que causou a queda do avião, e prevê-se que o relatório final possa ser apresentado mesmo antes do prazo de 30 dias recomendado para a conclusão do inquérito.
Recorde-se que o voo 470 da LAM despenhou-se a 29 de Novembro na faixa de Caprivi, nordeste da Namíbia, junto à fronteira angolana. O avião foi dado como desaparecido durante quase um dia com a LAM a oferecer informações contraditórias - a companhia aérea moçambicana chegou a admitir que a aeronave tinha aterrado no Rundu.
Entre as vítimas mortais do desastre contam-se passageiros e tripulantes de nacionalidade angolana, moçambicana, portuguesa, brasileira, chinesa e francesa. O músico angolano Action Nigga foi uma das vítimas. Não houve sobreviventes.
O ministro moçambicano dos Transportes e Comunicações, Gabriel Muthisse, estará amanhã, domingo, na Namíbia, para acompanhar de perto os trabalhos dos peritos que elaboram o relatório final do acidente.
NJ/RFI