Apesar de não ter estado no local onde os destroços do avião das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) despenhado na sexta-feira foram encontrados, Colgar Sikopo afirmou hoje à Lusa que "todos os corpos foram removidos e levados para Rundu, capital da região de Kavango, a 300 quilómetros do local do acidente".
Diretor dos serviços regionais e de gestão de parques nacionais, Colgar Sikopo recebeu a indicação de que as caixas negras do aparelho ainda não tinham sido encontradas às primeiras horas de hoje, mas remeteu mais informações para a autoridade civil da Namíbia.
Um aparelho das LAM, que fazia o voo Maputo-Luanda, caiu no parque nacional de Bawbwata, no norte da Namíbia, vitimando todos os ocupantes: seis tripulantes e 27 passageiros, entre os quais seis portugueses.
O Parque Nacional de Bwabwata, criado em 2007, ocupa mais de 6.200 quilómetros quadrados, ao longo de 180 quilómetros das margens do rio Okavango, numa zona habitada por 5.500 pessoas e milhares de espécies de animais.
Segundo descreveu à Lusa Cletius Maketo, vice-director para a região nordeste do Ministério do Ambiente e Turismo da Namíbia, o avião despenhou-se numa zona de floresta com solo pesado e arenoso, que obriga à utilização de veículos todo-o-terreno.
Contactado hoje pela Lusa, o secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, disse que as autoridades de Lisboa estão em contacto com as famílias das vítimas portuguesas e a prestar, aos que se deslocaram a África, a assistência possível e solicitada sob a coordenação da Direcção Geral dos Assuntos Consulares.
"A equipa ao serviço do apoio às famílias é a que for necessária e nos vários postos consulares da região envolvida", assinalou José Cesário.
O secretário de Estado acrescentou ainda não ter uma data precisa para a transladação dos corpos para Portugal, mas acredita que essa acção seja possível ao longo da semana.
O avião das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM), que partiu na sexta-feira de Maputo, foi encontrado no sábado carbonizado no Parque Nacional de Nwabwata, no norte da Namíbia, não existindo sobreviventes.
Lusa