O jornalista Oliver Bullough defendeu hoje que as sanções do Reino Unido contra oligarcas russos devem ser o início de um processo para o país deixar de “receber, lavar e proteger dinheiro roubado” de países como Angola.
Em causa está a participação do BESA num financiamento para construir um bairro social e que o Projeto de Reporte sobre Crime Organizado e Corrupção diz que envolve o desvio de 750 milhões de euros.
Depois de ter dado nas vistas, em Outubro de 2021, em dois vídeos nos quais aparecia a questionar e a criticar o estado de miséria em que se encontrava uma localidade nas profundezas do Kuando Kubango, onde se encontrava em “retiro”, o ex-chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar (SISM) general António José Maria voltou, esta semana, a ser protagonista de uma cena incomum nas redes sociais, atirando-se contra o “maior corrupto em Angola”.
O império do general está a desmoronar-se. Em 2018 estava em pelo menos 12 sectores de actividade onde se destacam a banca, telecomunicações, distribuição, importação, transporte e venda dos combustíveis em Angola. Hoje, o congelamento de activos nos Estados Unidos da América, abriu-lhe a porta de saída.
Cada uma das 19.450.000 acções do BAI valiam 8.100 Kz em 2020. Um ano depois, o banco comprou cada acção ao general Dino por cerca de 18 mil Kz, mais do dobro. A meio do processo de ser a primeira empresa angolana a ir à bolsa, "toxicidade" de general fez disparar o preço para a sua saída.