Há quase duas semanas, desde o falecimento de Inocêncio de Matos, activista morto durante a manifestação de 11 de Novembro corrente, em Luanda, continuam as barreiras para a marcação da data do funeral deste, devido a falta de exames "credíveis" que comprovem para a família e advogados, as reais causas que estiveram na base da sua morte.
Os promotores da manifestação do passado sábado, 21, em Luanda contra impunidade e a corrupção defendem a responsabilização civil e criminal do chefe de Gabinete da Presidência da República, Edeltrudes Costa, com base nas denúncias de enriquecimento ilícito feitas pela emissora televisiva portuguesa TVI.
Alfredo de Matos, pai do jovem Inocêncio, de 23 anos de idade, morto na Manifestação a 11 de Novembro, suspendeu às 00h a vigília que levava a cabo, defronte as instalações da PGR, clamando por justiça, após ter sido atendida a sua exigência pelo SIC.
Está em circulação nas redes sociais, desde o dia 19 de Novembro de 2020, um panfleto cobardemente não assumido, como de hábito, fazendo alusão à uma suposta reunião, de cuja agenda constaria a preparação da tomada do Palácio Presidencial, por meio de manifestações em datas e cenários preconizados pela não astuta imaginação dos autores deste panfleto.
Cerca de duas centenas de pessoas manifestaram-se hoje em Luanda pela melhoria das condições de vida e combate à corrupção, num protesto que decorreu de forma pacífica e ficou marcado também pela memória do estudante morto na semana passada.