Tido como um dos articuladores da negociata estimada em US$ 2,6 bilhões, o banqueiro Mahafarid Amir-Khosravi foi enforcado na prisão de Evin, ao norte da capital, depois que a Suprema Corte confirmou a sentença da primeira instância. A Justiça condenou o banqueiro à morte em 2012 sob acusações de perturbação da economia por meio de desvio de verba pública, lavagem de dinheiro e corrupção. Outros três acusados foram condenados à morte.
Não está claro se a sentença contra eles foi aplicada. Um total de 39 pessoas foram sentenciadas. Duas cumprem pena de prisão perpétua e as demais foram condenadas a penas de até 25 anos de detenção. Um dos supostos envolvidos, o banqueiro Mahmoud Reza Khavari, fugiu para o Canadá em 2011, logo depois que o escândalo foi revelado.
Ele escapou do julgamento. Segundo a Promotoria, os acusados forjavam documentos de certificação com ajuda de altos funcionários do regime para obter crédito junto a bancos nacionais. O dinheiro era então usado para a aquisição de grandes empresas estatais no âmbito do programa de privatizações, o que permitiu rápido enriquecimento dos envolvidos.
O império construído por Amir-Khosravi graças à fraude incluía mais de 30 empresas, entre as quais companhias que importavam carne do Brasil, segundo a Associated Press. Setores da imprensa iraniana dizem que a fraude teve participação de pessoas próximas ao então presidente Mahmoud Ahmadinejad, que negou as acusações.
Sucessor de Ahmadinejad na Presidência desde o ano passado, o clérigo Hasan Rowhani prometeu combater a corrupção que gangrena vários setores da economia iraniana.
FolhaPress