O Banco Nacional de Angola deixou de impor o limite de uma variação máxima de 2% nos leilões de divisas que realiza diariamente, permitindo assim que a moeda nacional oscilasse livremente, segundo o regulador financeiro.
As agências de viagens Expresso e Zepa, que participaram num encontro de apresentação da estratégia angolana da linhas aéreas portuguesas, TAP, na quarta-feira, manifestaram preocupação com o prolongado processo de desvalorização do kwanza face ao dólar.
A moeda nacional angolana perdeu 15,8% este mês, segundo os dados oficiais do Banco Nacional de Angola, que reviu novamente os câmbios esta tarde, o que arrastou o kwanza para uma perda de 31,3% desde janeiro.
O Kwanza registou hoje uma desvalorização superior a 3% face ao euro e ao dólar norte-americano (USD), a maior variação diária registada em três anos, de acordo com as cotações médias diárias publicadas pelo Banco Nacional de Angola (BNA).
Apesar do Banco Nacional de Angola ter dado "luz verde" à movimentação das contas em moeda estrangeira, cidadãos ouvidos pela DW continuam com dificuldades. Para muitos, a solução é continuar a comprar divisas nas ruas.