Artigo publicado no Politico refere que a classe média angolana "fez de Lisboa o seu recreio durante a última década, desfrutando de gastos excessivos nas boutiques de gama alta da Avenida da Liberdade".
Apesar da quebra das receitas petrolíferas, Luanda procura dinheiro junto de investidores internacionais para construir infra-estruturas que considera serem fundamentais, incluindo uma nova refinaria petrolífera.
Entram milhares de dólares todos os dias em Angola, mas ficam a circular na rua e os Bancos nunca os chegam a ver.
A presidente da Agência Nacional de Investimentos Privados (Anip), Maria Luísa Abrantes, denunciou a existência de investidores estrangeiros que estão em Angola há muitos anos, por via da Anip e do Banco Nacional de Angola (BNA), sem implementar os seus investimentos e se beneficiam de financiamentos de bancos locais para fazer outros negócios, violando a Lei do Investimento Privado.
Mercado externo já representa 86,9% dos negócios do grupo português.
A Economist Intelligence Unit (EIU) considera que os esforços de Angola para facilitar o acesso ao crédito e incentivar o investimento baseiam-se na existência de liquidez e confiança dos investidores, duas premissas quase inexistentes hoje em dia
A unidade de análise económica do BPI considerou hoje que a produção de petróleo em Angola no primeiro trimestre aumentou para cerca de 1,8 milhões de barris por dia, demonstrando "uma grande recuperação" face ao ano passado.