As notícias não podiam ser piores para Angola, com o barril de Brent, empurrado pela "guerra mundial" das tarifas lançada pelos EUA, a chegar esta manhã de quarta-feira, 09, à beira dos 60 USD, menos 10 que o valor médio usado pelo Governo para elaborar o OGE 2025. E Donald Trump não mostra estar disponível para recuar.
O Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR) classificou como "práticas comerciais desleais" as restrições anunciadas por Angola a importações de carne bovina, suína e de aves, justificando a imposição de tarifas ao país africano.
Este cenário volta a levantar dúvidas sobre as intervenções do BNA no mercado cambial, reavivando uma espécie de regime de câmbios fixo.
O economista angolano Flávio Inocêncio disse hoje à Lusa que as tarifas anunciadas pelos Estados Unidos esta semana vão ter um "impacto mínimo" em Angola, dado que a principal exportação, o petróleo, não sofre alterações.
O Presidente dos Estados Unidos da América anunciou esta quarta-feira à noite a imposição de "tarifas recíprocas" sobre importações. Angola não escapa à fúria tributária de Trump e será taxada em 32%.
O ministro dos Transportes de Angola admitiu hoje que a subida do preço do gasóleo se vai repercutir indiretamente nos consumidores, destacando que o governo tem mantido diálogo com todos os operadores de transportes.
O economista angolano Francisco Paulo disse hoje que a subida do gasóleo deve ter impacto no nível geral de preços no país e defendeu que o Governo deveria gerir melhor o ajuste do preço dos combustíveis.