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Terça, 12 Mai 2015 21:16

Oi admite não vender ativos da Unitel

A operadora brasileira Oi está a reconsiderar a venda dos seus ativos na Unitel, a maior empresa de telecomunicações de Angola cuja principal acionista é Isabel dos Santos, filha do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos.

O diretor presidente da Oi, Bayard Gontijo, afirmou na segunda-feira, em Nova Yorque, que atualmente a operadora brasileira está a trabalhar em dois cenários: a venda dos seus ativos na Unitel ou um acordo que possa ser respeitado pelos outros acionistas da empresa angolana, informou hoje a assessoria de imprensa da operadora brasileira.

A Oi adquiriu a sua participação na Unitel em maio de 2014, durante o processo de fusão com a Portugal Telecom. A venda da sua posição na participada angolana foi apontada, no ano passado, como forma da operadora brasileira recuperar parte das suas perdas financeiras.

A declaração de Gontijo, que está a participar em 'roadshows' [de apresentação da empresa] com investidores nos Estados Unidos, é vista como uma demonstração de que existe um diálogo entre a Oi e a Unitel.

Face ao processo de fusão com a PT, a Oi tinha confirmado, no final de agosto do ano passado, que estava em conversações para vender a participação na Unitel a outros acionistas, por 2.000 milhões de dólares (mais de 1.500 milhões de euros).

No primeiro trimestre deste ano, a Oi registou prejuízos de 447 milhões de reais (cerca de 130 milhões de euros, à taxa de câmbio atual), valor que compara com lucros de 228 milhões de reais (66 milhões de euros) em igual período de 2014.

A empresa assinalou que os resultados do primeiro trimestre são "significativamente melhores" em várias áreas e com "melhores tendências em praticamente todas as linhas" de negócio, realçando a tendência positiva nas receitas brasileiras e no segmento residencial.

Os resultados do primeiro trimestre do ano da operadora incluem a descontinuação das operações da PT Portugal desde que o ativo foi colocado à venda.

A PT Portugal, que tem os serviços Meo e Sapo, entre outros, foi vendida à multinacional francesa Altice por 7.400 milhões de euros.

A 20 de abril último, a Comissão Europeia autorizou a proposta de compra da Altice, na condição desta desinvestir nos seus atuais negócios em Portugal, ou seja, na Oni e na Cabovisão.

LUSA

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