O presidente da Associação Nacional dos Taxistas de Angola (ANATA) demarcou-se hoje da greve que decorreu entre segunda e quarta-feira, responsabilizando "pessoas estranhas" pela paralisação, que havia desconvocado, e contestou a detenção do seu vice-presidente.
O Movimento Cívico Mudei denunciou hoje um “profundo divórcio entre o Estado e o povo” angolano e exigiu a demissão do Governo criticando a repressão violenta dos protestos.
Defensores dos direitos humanos em Angola criticaram hoje os “excessos” e a “atuação desproporcional” da polícia contra “pessoas indefesas”, nos tumultos em Luanda, pediram responsabilização criminal dos agentes pelas mortes e condenaram as declarações do comandante-geral.
A Amnistia Internacional denunciou hoje a detenção arbitrária e o desaparecimento forçado do ativista "General Nila", ferido a tiro durante os protestos em Luanda e visto pela última vez sob custódia policial, a 28 de julho.
O coletivo angolano Ondjango Feminista responsabilizou hoje o Estado pela morte da mulher baleada pela polícia quando fugia com o filho durante os tumultos ocorridos em Luanda, classificando o caso como uma "violação grave dos direitos humanos".
O Presidente da República, João Lourenço, numa mensagem à Nação, lamentou esta sexta-feira a perda de vidas humanas durante os actos de violência, vandalismo e pilhagem, ocorridos nos útimos dias no país.
O Grupo Parlamentar da UNITA vai solicitar um debate com "carácter de urgência" na Assembleia Nacional sobre as causas estruturantes da grave crise política, económica e social que o país atravessa e que a greve dos taxistas veio, de novo, mostrar com clareza.
O Presidente angolano anunciou hoje que o Governo vai aprovar apoios às empresas afetadas esta semana, em várias províncias, pelos atos de vandalismo, que classificou "de sabotagem" contra a economia.
Antes devo dizer que o que se viveu na segunda-feira em Luanda, não nos agrada em nada, é a todos os níveis condenável. Digo não à pilhagem e ao vandalismo.
Pelo menos 240 pessoas começaram a ser julgadas em processos relacionados com os tumultos e atos de vandalismo registados em Luanda no início da semana, dos quais oito foram condenados, dois absolvidos e dezenas aguardam decisão.