O presidente executivo do banco Caixa Angola, João Plácido Pires, admitiu hoje que as dúvidas sobre a nova taxa aplicável a transferências em moeda estrangeira podem causar atritos com os clientes e vão exigir mais burocracia.
Depois do afundanço entre meados de Maio e finais Junho, naquilo que foi um mês e meio "infernal" para a moeda nacional, com uma desvalorização de 39%, o Kwanza tem estado praticamente suspenso pela mão do BNA.
Depois de permitir que empresas façam acordos de compra e venda de moeda estrangeira a prazo, o BNA abriu a porta a particulares que pretendem fazer compras num prazo máximo de seis meses, a uma taxa de câmbio pré-estabelecida. A ideia é diminuir os riscos cambiais.
A grande desvalorização da moeda nacional angolana, o Kwanza, deve-se ao facto da economia angolana não ter “fundamentos” para suportar a moeda e não haver produção interna para atender a procura, disseram economistas angolanos.
A volatilidade da moeda angolana, kwanza, deve persistir entre 2024 e 2028, segundo os analistas da Economist Intelligence Unit (EIU), que preveem um crescimento médio da economia de 3,5% neste período.