Após os apelos nacionais e internacionais sobre a condenação dos 17 activistas de 2 à 8 anos de prisão efectivas, várias movimentações se registam em Angola com objectivo de pressionar a libertação dos 17 condenados.
A condenação dos jovens activistas angolanos não foi uma surpresa. Todos aqueles que acompanham a realidade angolana sabiam que se estava a escrever uma página triste da História do Poder Judicial angolano. Toda a gente sabia que se estava perante um julgamento político e que a sentença sempre seria política e, necessariamente, um motivo de vergonha para a Justiça angolana, tal como o são, para sempre, as sentenças dos tribunais plenários portugueses do antes do 25 de Abril.
Os Estados Unidos consideraram que as "duras" condenações aplicadas aos ativistas angolanos são uma ameaça à liberdade de expressão e apelam ao Governo de Luanda à defesa dos direitos constitucionais dos cidadãos
Luanda - O Consulado Geral de Angola no Porto foi vandalizado na última segunda-feira por um grupo de cidadãos portugueses não identificados, de acordo com uma nota da missão consular, a que a Angop teve hoje acesso.
A diplomacia angolana avisou hoje os diplomatas da União Europeia (UE) acreditados em Luanda que não volta a aceitar "ingerências" nos assuntos internos, classificando a recente declaração daqueles embaixadores sobre a condenação de 17 ativistas como uma atitude "inamistosa".
Os votos de condenação à situação vivida pelos 17 activistas angolanos recentemente condenados a penas de prisão apresentados pelas bancadas do PS e do BE foram chumbados com os votos contra do PSD, CDS e PCP.
A diplomacia angolana tinha avisado hoje os diplomatas da UE acreditados em Luanda que não volta a aceitar "ingerências" nos assuntos internos
O Movimento Revolucionário está a convocar para dia 9 de Abril uma manifestação para exigir a libertação imediata dos presos políticos e a destituição do Presidente José Eduardo dos Santos.
Falou-se muito das relações entre Portugal e Angola, e, como sempre, confundindo-se completamente conceitos e palavras-chaves sobre a matéria.
O embaixador itinerante de Angola, Luvualu de Carvalho, considerou que a sucessão do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, não vai provocar cisões no MPLA, partido no Governo.