Oficiais de justiça angolanos prometeram hoje avançar com uma petição para exoneração do ministro da Justiça e dos Direitos Humanos, devido ao seu "silêncio" face à greve em curso, denunciando ainda ameaças de responsáveis de conservatórias contra funcionários grevistas.
O Procurador-Geral da República (PGR), Hélder Pitta Gróz, reafirmou nesta quinta-feira, em Luanda, que os processos criminais, envolvendo cidadãos nacionais nos casos mediáticos de corrupção, continuam em fase de instrução preparatória.
Ontem, 11 de novembro, Angola celebrou o 50º aniversário de sua independência. Em julho, os angolanos protestaram ao longo de várias semanas, registando-se dezenas de mortos e centenas feridos e de presos.
Os bilhetes para o particular entre Angola e Argentina, no estádio 11 de Novembro, em Luanda, estão esgotados, anunciou hoje a Federação Angolana de Futebol, a dois dias da realização do jogo.
A Amnistia Internacional pediu hoje justiça para o ativista Inocêncio de Matos, morto há cinco anos por supostos disparos policiais numa manifestação em Luanda, apelando às autoridades angolanas que revelem o resultado das investigações sobre o caso.
Há 50 anos atrás, à meia noite, em Luanda, Agostinho Neto (MPLA) proclamava a independência. No mesmo momento, Holden Roberto (FNLA), no Ambriz, e Jonas Savimbi (UNITA), em Huambo, faziam o mesmo. A partir daí, é colocado o fim do regime colonial português e se reinicia a guerra civil que duraria até 2002, com a vitória do MPLA e começava uma nova era de euforia e incerteza.
O MPLA, partido no poder, apelou hoje aos angolanos a manterem-se unidos e vigilantes para preservação das conquistas alcançadas em 50 anos de independência nacional, apelando às novas gerações a inspirarem-se “nos feitos dos seus antepassados”.
O Tribunal Supremo (TS) angolano disse hoje que o poder judicial é marcado atualmente pela independência dos tribunais e dos magistrados, por mecanismos de acesso rápido à justiça e por maior proximidade aos cidadãos.
A família do ativista Inocêncio de Matos, morto há cinco anos por supostos disparos policiais numa manifestação em Luanda, acusou hoje as autoridades de quererem eliminar vestígios referentes ao caso e criticou a falta de esclarecimento judicial.
O ex-ministro da Economia António Costa Silva disse à Lusa que Angola precisa de “uma reforma ética e institucional” para “reganhar a confiança do povo angolano” depois de décadas de corrupção no país.