Novecentas? Mil? Ninguém sabe ao certo, mas o número de mortes semanais em Angola de crianças e adultos vítimas de malária, cólera, febre amarela, chikungunya e outras doenças não para de crescer. Falta de medicamentos e de camas nos hospitais revela crise sem precedentes no sector.
Mais de mil traidores da UNITA, PRS e da CASA-CE na localidade do Bita, município de Belas, em Luanda, ingressaram nas fileiras do MPLA, revelou sexta-feira o coordenador do MPLA naquela localidade, José Jerónimo “Quim”.
Seremos assim tão vulneráveis aos ditames de Luanda? Creio que não.
1. A condenação de 17 activistas angolanos pelo “crime” de estarem a ler um livro e, ao mesmo tempo, a planear uma “rebelião” contra o Estado angolano, veio remexer numa ferida aberta há muitos anos que sistematicamente se infecta pelas razões mais lamentáveis. Para qualquer cidadão de uma democracia é absolutamente condenável esta forma de tentar erradicar qualquer crítica ao regime, por mais inócua que seja. Para o Estado português, as coisas não são assim tão óbvias, por boas mas também por muito más razões.
As autoridades cubanas entregaram, às Força Armadas Angolanas (FAA), um acervo militar das suas “forças internacionalistas” de “libertação pela independência” de Angola. Esta cerimóna, no Museu das Forças Armadas em Luanda, é um bom pretexto para pôr alguns pontos nos iis. Pois há 40 anos, quando as suas tropas sustentavam o esforço militar, foi muito o que seguiu para Cuba: dinheiro, carros, material hospitalar e até fábricas inteiras.