Luaty Beirão queixou-se à mulher de dormência e formigueiro persistente nos braços, mãos e pernas. Foi na quinta-feira, após o habitual chá da noite, segundo informação divulgada na página de Facebook do activista angolano, que está há 33 dias em greve de fome em Luanda.
O historiador francês Michel Cahen, considerado um dos maiores especialistas mundiais em colonialismo português, defendeu, em declarações à agência Lusa, que o poder em Portugal nunca afrontou Angola, com exceção do antigo Presidente da República Mário Soares.
O advogado dos ativistas angolanos suspeitos de preparação de uma rebelião e de um atentado contra o presidente afirma não existirem provas que consigam "manter de pé a acusação", mas receia interferências no julgamento.
A promotora de uma petição sobre a "repressão dos direitos humanos" em Angola questionou hoje o Governo português sobre quando tomará uma posição de censura à opressão do executivo angolano.
É o que diz à Renascença o amigo que tem acompanhado o activista em Luanda. Luaty Beirão está em greve de fome há 32 dias.
Lisboa - O embaixador de Angola em Portugal, José Marcos Barrica, voltou a condenar, nesta quarta-feira, em Lisboa, a "insistente diabolização de Angola" por parte de alguns "sectores maléficos" da sociedade portuguesa.
A greve de fome de Luaty Beirão, que entrou no segundo mês, "mostra até que ponto Angola está disposta a ir para não respeitar a sua própria Constituição", afirmou hoje a responsável da Amnistia Internacional Portugal.