A greve nacional dos taxistas decorreu entre 28 e 30 de julho em protesto contra o aumento do preço do gasóleo. A paralisação resultou em confrontos violentos, atos de vandalismo e pilhagens em várias zonas da capital e noutras províncias.
A Amnistia Internacional apelou hoje às autoridades angolanas que abram uma investigação "independente, completa e imparcial" sobre os assassinatos e ferimentos durante a greve de taxistas de três dias em Luanda, Huambo, Benguela e Huíla.
O presidente da Associação Nacional dos Taxistas de Angola (ANATA) demarcou-se hoje da greve que decorreu entre segunda e quarta-feira, responsabilizando "pessoas estranhas" pela paralisação, que havia desconvocado, e contestou a detenção do seu vice-presidente.
O Movimento Cívico Mudei denunciou hoje um “profundo divórcio entre o Estado e o povo” angolano e exigiu a demissão do Governo criticando a repressão violenta dos protestos.
Defensores dos direitos humanos em Angola criticaram hoje os “excessos” e a “atuação desproporcional” da polícia contra “pessoas indefesas”, nos tumultos em Luanda, pediram responsabilização criminal dos agentes pelas mortes e condenaram as declarações do comandante-geral.
A Amnistia Internacional denunciou hoje a detenção arbitrária e o desaparecimento forçado do ativista "General Nila", ferido a tiro durante os protestos em Luanda e visto pela última vez sob custódia policial, a 28 de julho.
O coletivo angolano Ondjango Feminista responsabilizou hoje o Estado pela morte da mulher baleada pela polícia quando fugia com o filho durante os tumultos ocorridos em Luanda, classificando o caso como uma "violação grave dos direitos humanos".