De acordo com um comunicado da Fundação Dr. António Agostinho Neto, o livro, em dois volumes, está recheado de delírios reaccionários (pois agora é moda ser-se contra a inevitável revolução que levou à conquista do poder) e de inverdades insanas, acusa o Patrono, António Agostinho Neto, de práticas e de actos sem apresentar uma única prova factual ou documental.
O documento prossegue que o livro tenta, sem sucesso, reduzir a luta armada de libertação nacional num filme de terror de um somatório de crimes e de mortes executadas pelo MPLA e pelos seus líderes.
“O Dr. António Agostinho Neto nunca praticou os actos de que é acusado e a sua vida foi inteiramente dedicada à libertação do seu povo do colonialismo e do fascismo português. O Dr. António Agostinho Neto passou à história como o herói, o líder, o independentista e o libertador”, lê-se.
De acordo com a fundação, o livro, alegadamente encomendado por alguém, visa conspurcar, mesmo após a sua morte,o bom nome do Fundador da Nação e denegrir o seu carácter, para arrasar a sua reputação e o rebaixar ao nível dos que assinaram a comenda e que traíram Angola.
"Passados 37 anos após o seu falecimento, é doentia e irresponsável a tentativa de inculpar e responsabilizar, ainda que remotamente, o Dr. António Agostinho Neto pelo cometimento de erros e de crimes imaginários ou reais executados por outros. Os angolanos sabem bem quem os amava e tudo fazia para resolver os seus problemas", lê-se na nota.
A Fundação Dr António Agostinho Neto adianta que o prestígio nacional e internacional alcançado pela liderança de António Agostinho, o seu inefável amor ao povo, a sua incorruptível honestidade, o alcance da sua visão estratégica, a sua vontade férrea de combater os abutres vorazes e a continuação solidária da luta para libertar a África austral e criar um bloco regional que alterou a correlação de forças mundiais é um valor que perdura na memória dos angolanos e dos africanos.
A fundação adverte que vai accionar a justiça e defender a honra e o bom nome do primeiro Preidente de Angola, António Agostinho Neto, e dos seus companheiros que libertaram Angola, de armas na mão.
"Muitos ofereceram a sua vida e não puderam beneficiar da cidadania, da liberdade e das oportunidades de um país independente. Não permitiremos que agora sejam desonrados e desqualificados como um bando qualquer, entre outros rótulos caluniosos", assevera a fundação.
ANGOP