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Sábado, 06 Agosto 2016 19:05

Demolições no Zango populares pedem indemnização

Demolições no Zango provocam um mal-estar na comunidade. Populares pedem indemnização, pelas suas casas. As razões das demolições até aqui são desconhecidas mas uma fonte das FAA revelou à Ecclesia que o Estado vai implementar um projecto social no referido local.

Habitantes dos bairros Walale, no Zango 2 e Zango 3, deslocaram-se na manhã Quarta-feira ao governo da província de Luanda, para protestarem contra as demolições das suas residencias mas não foram recebidos.

Na Segunda-feira, cerca de 30 moradores deslocaram-se à administração municipal de Viana mas também não tiveram sucesso.

Desesperados os moradores apelam á intervenção dos deputados das diversas bancadas parlamentares.

O provedor de justiça Paulo Chipilica no âmbito das suas atribuições vai deslocar-se na próxima terça-feira 9 de Agosto ao zango 3, para averiguar os factos relatados por moradores daquela zona que dão conta da demolição de pelo menos 700 casas na madrugada do ultimo sábado.

Uma delegação da UNITA, o maior partido da oposição angolana, visitou hoje três bairros do Zango III, arredores de Luanda, onde milhares de casas estão a ser demolidas, segundo os moradores por militares.

A delegação da direção do partido, que incluiu igualmente quatro deputados, pretendia constatar no terreno as reclamações de cidadãos que viram as suas casas demolidas, há cerca de uma semana, supostamente sem aviso prévio e sem justificação dada.

No decorrer da visita, dois deputados e um fotógrafo foram obrigados a acompanhar dois militares, que supostamente fazem a guarnição do local, por suspeita de estarem a ser feitas imagens do local.

O secretário para os Direitos Humanos da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Joaquim Nafoia, disse que a delegação pretendia chegar até ao local das demolições, cuja passagem está vedada ao público, e ouvir os responsáveis desses atos, quando os militares se aproximaram do grupo e exigiram que os deputados os acompanhassem.

Joaquim Nafoia disse que com a informação recolhida será feito um relatório e o assunto deverá ser levado ao parlamento angolano pela bancada parlamentar da UNITA.

"São sete mil residências demolidas em três bairros, a população avançou-nos o número de três mortos e alguns feridos desde que começaram as demolições", disse o secretário para os Direitos Humanos da segunda maior força política no país, que classificou como "triste este tipo de situações".

O dirigente da UNITA referiu que apelaram às pessoas para terem "muita calma, prudência e inteligência" no tratamento deste caso.

Ecclesia | Lusa

 

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