O porta-voz dos Serviços Penitenciários, Menezes Cassoma, confirma ter havido agressões contra as duas activistas, mas alega que os agentes prisionais não presenciaram o acto de violência que aconteceu no interior da cela onde Rosa Conde e Laurinda Gouveia estão encarceradas.
Segundo o porta-voz, os activistas têm estado a desobedecer às normas estabelecidas na unidade prisional. Segundo Cassoma, tem sido um hábito as duas activistas, mas com maior frequência Rosa Conde, permanecerem nuas, facto que tem chateado as outras mulheres que estão a cumprir a pena na cadeia feminina de Viana.
Menezes Cassoma fala em “descontentamento” das outras reclusas pela forma como Rosa Conde e Laurinda Gouveia “desafiam a autoridade penitenciária” com “comportamento atentatório ao pudor”. De acordo com o porta-voz, Rosa “estava semi-nua, estava apenas de biquíni e foi advertida por outras reclusas” para que se vestisse, mas, “pura e simplesmente nem os conselhos das companheiras de cela acatou”.
“Em face desta situação, uma outra reclusa foi lançando piadas e a Rosa, na tentativa de ir tirar satisfação, entraram em pugilato”, garantiu.
“A informação que me foi prestada pelo Pedrowski, o marido da Rosa, é que há uma reclusa, a Sara, que tem estado a assediar a Rosa no intuito de manterem relações homossexuais. Mas o pano de fundo de tudo isso é que, em face do constante desacato das ordens dadas pelas autoridades penitenciárias, as mesmas reclusas sentem-se chateadas com os comportamentos das duas”, revelou o porta-voz, garantindo que haverá um inquérito profundo sobre o assunto.
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