No jogo, onde aparecem outras personagens históricas a nível mundial, Savimbi tem o cognome de «O Bárbaro» e aparece a comandar as forças da Unita, apoiado pelos Estados Unidos, contra o MPLA, reforçado por forças soviéticas.
«Neste jogo, Jonas Savimbi aparece como sanguinário, que quer matar todos de forma bárbara. Os filhos estão profundamente incomodados, revoltados, chocados e consideram que os criadores do jogo estão a difamar a imagem do pai, que foi, acima de tudo, um líder político e um estratega», referiu, a propósito, a advogada da família, Carole Enfert.
Em resposta, o advogado da Activision Blizzard, Etienne Kowalski, refutou as acusações, considerando que «Savimbi está representado como um tipo porreiro». «A personagem do jogo traduz com fidelidade o papel que Jonas Savimbi desempenhou em Angola, líder de um movimento de guerrilha que combateu o MPLA».
Esta não é a primeira vez que o gigante do entretimento tem de enfrentar processos judiciais por causa do jogo. Em caso anterior, a empresa ganhou, nos Estados Unidos, um processo que lhe foi movido pelo ex-ditador panamiano Manuel Noriega, outro dos muitos personagens do Call of Duty.
Lusa