O activista, detido no último sábado, em casa, é suspeito por incitação à violência, rebelião e apologia pública ao crime, argumenta o Ministério Público.
O advogado Simão Afonso, membro de defesa de Osvaldo Caholo, alega que um juiz de garantia do tribunal de Luanda determinou nesta quinta-feira, 24 de julho, a prisão preventiva ao activista, pelo facto de estar a ser acusado por crimes com penal superior a 3 anos e por temer também a fuga do antigo militar das Forças Armadas Angolanas (FAA).
“O juiz fundamenta a sua decisão no facto de Osvaldo Caholo estar a ser indiciado por crimes com moldura penal de prisão superior a três anos. O juiz também fundamenta a decisão no facto de haver um receio de fuga de Osvaldo Caholo”, esclareceu o advogado.
A defesa explica que, com a prisão preventiva do actvista, dá-se início a fase inicial do processo.
“Portanto, com a aplicação da medida de prisão preventiva dá-se agora o início à instrução preparatória. O juiz acha a necessidade de se produzir prova, com a privação da liberdade do arguido agora, para não haver perturbação no processo probatório”, revelou o advogado do activista.
Simão Afonso garante que os advogados tudo farão para impedir que o Osvaldo Caholo seja condenado injustamente.
“Reiteramos que enquanto advogados nós vamos fazer de tudo para garantir que haja uma defesa justa e dentro dos marcos da legalidade que o Osvaldo Caholo merece”, assegurou a defesa.
De salientar que é a segunda vez que o activista Osvaldo Caholo, ex-oficial das Forças Armadas Angola, e membro do Movimento Contra a Subida dos Combustíveis, é preso, sendo que a primeira vez aconteceu em 2016, o ano que foi condenado por crimes de associação criminosa e tentativa de golpe de Estado, no famigerado caso 15+2. RFI