Tal como os acordos anteriores, o valor do acordo é pago em duas tranches semestrais de forma antecipada ou em tranches mensais no valor de 312,5 mil dólares. O conteúdo do contrato, entretanto, mantém-se. Ou seja, a SPB tem o compromisso de “elevar o sistema financeiro de Angola aos padrões internacionais”, bem como “aumentar as trocas comerciais e o investimento americano em Angola” e ainda “melhorar a imagem de Angola nos Estados Unidos”.
A Erme Capital, uma offshore criada em Malta e que, nos contratos anteriores foi a maior beneficiária financeira do acordo, continua a ser parte do acordo. Na carta contrato, a empresa norte-americana informa o Governo angolano que subcontrata a Erme Capital para auxiliá-la.
Em 2022, a empresa americana justificou ao Valor Económico a contratação da Erme Capital com a falta de "escritório, pessoal ou capacidade linguística".
"A Erme foi fundada por um dos sócios executivos da Domínio Capital, uma conceituada empresa de consultoria empresarial sediada em Lisboa com décadas de experiência na África lusófona, incluindo em Angola. Porque o comércio e o investimento em Angola são uma componente chave do nosso âmbito de trabalho, a presença do fundador da Erme em Luanda e a compreensão do mercado angolano fizeram da Erme um parceiro natural e qualificado.", respondeu, na ocasião, o representante da empresa para as relações com Angola, Robert Kapla.
O primeiro contrato entre o Governo angolano e a SPB foi assinado em Junho de 2019 com a duração de um ano, renovado por mais um desde que uma das partes não manifestasse o interesse de rescindir até Junho de 2020. Registou-se a renovação automática para mais um ano e, em Junho de 2021, voltaram a renovar para até Novembro de 2022, seguindo-se uma nova renovação automática. VA
