Eles negam as acusações.
Daniel Neto, diretor-geral da empresa Konda Marta, garante que alguns dos detidos são detentoras de terrenos na zona do 11 de Novembro, no distrito urbano da Cidade Universitária, em Luanda.
Neto, que é também tenente-coronel das Forças Armadas Angolanas (FAA), acusa o ministro do Interior, Eugenio Laborinho e o comandante da Polícia em Luanda, de estarem por trás das detenções.
“Eu fiquei detido por três vezes, a última do ano passado, em abril quando estava na cadeia de Viana, eles dividiram os terrenos, passaram o direito de superfície e nós conseguimos essa lista onde consta o ministro do Interior nº8 e eles negam", disse Neto.
Ele acrescentou que “neste preciso momento a polícia está lá, com as patrulhas do comando provincial, a mando do comandante provincial Francisco Ribas. Eles estão a vedar os terrenos das senhoras”, acrescentou.
A Voz da América contatou o ministro do Interior, Eugénio Laborinho, mas sem sucesso.
Entretanto, sem gravar entrevista, o comandante provincial da Polícia Nacional de Angola (PNA), em Luanda, comissário-chefe, Francisco Monteiro Ribas da Silva, negou as acusações.
Por seu lado, o porta-voz da corporação em Luanda, superintendente Nestor Goubel, disse que eles “desobedeceram a ordem das autoridades, não houve outra solução, senão a detenção das 23 pessoas.
"O que aconteceu é que tratou-se de uma tentativa de talhonamento de um terreno que eles não tinham legitimidade para o fazer. Neste momento abriu-se um expediente e eles vão ser apresentados ao juiz de garantia para os passos subsequentes”, explicou Goubel. VOA