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Quinta, 23 Novembro 2023 16:36

Chuva em Luanda deixa bairros inundados, casas submersas, estradas e ruas alagadas

Vias intransitáveis, inundações, casas alagadas, carros a circular por estradas transformadas em rios é o cenário que se verifica, esta quinta-feira, em Luanda, devido às chuvas acompanhadas com fortes trovoadas e registo de desaparecimento de um jovem.

Logo pela manhã, as principais vias de acesso ao centro da cidade entupiram-se de carros, com trânsito a intensificar-se sem possibilidade de fazer desvios. Outros luandenses sofreram com as dificuldades em arranjar transporte para ir trabalhar, com muitos a desistirem e a regressar a casa, enquanto outros optaram por ir a pé.

Noutros pontos, como na estrada de Kimbango para o Golf 2, a circulação estava ainda mais complicada devido a uma ponte que colapsou com a força das enxurradas.

O jovem de, aproximadamente, 35 anos de idade, cobrador de táxi, que caiu, numa vala de drenagem defronte ao local de Velório da Polícia (junto à ex-Tourada), em Luanda, devido a chuva continua desaparecido.

A vila de Viana, na periferia de Luanda, foi das mais afetadas pelo temporal e em muitas áreas a grande concentração de lixo dificultou o escoamento das águas que avançaram sobre milhares de habitações.

Na chamada “Lagoa do Coelho”, uma bacia de retenção na Estalagem (Viana) várias pessoas, sem outra possibilidade de passagem, atravessavam com água quase pela cintura ou criavam jangadas improvisadas para passar à força de remadas.

Muitos munícipes tentavam defender as suas casas da entrada de água barricando-se com sacos de areia, enquanto para outros já só restava despejar os quintais inundados recorrendo a simples baldes.

Os alagamentos chegaram ate zonas consideradas nobres como Talatona, bairro suburbano de Luanda onde se localizam boa parte das empresas e vários condomínios luxuosos, onde muitas viaturas se encontravam hoje quase submersas.

As autoridades de Luanda anunciaram medidas de emergência de prevenção para minimizar o impacto das chuvas que têm sido problemáticas para as infraestruturas sociais, económicas e a mobilidade rodoviária em Angola, que possui redes de saneamento básico precárias.

Entretanto, as autoridades sanitárias temem o incremento de endemias associadas as chuvas. No período das chuvas aumentam os casos da malária e os riscos de surtos de cólera.

A AO24 tentou a longo do dia fazer um balanço dos estragos e apura a existência de vitimas com as autoridades de proteção civil a prometer informações para mais tarde, por se encontrarem ainda na fase de recolha de dados.

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