João Lourenço referiu que, porque Angola está apostada em desenvolver o turismo na zona do Okavango/Zambeze, está a “ponderar muito seriamente a possibilidade da construção dos aeroportos de Mavinga (Cuando Cubango) e de Cazombo (Moxico)”.
“Tudo isso tendo em vista o grande potencial turístico que aquela região do Okavango Zambeze possui nessas duas províncias”, disse João Lourenço à imprensa no final da cerimónia de inauguração do novo Aeroporto Internacional de Luanda, batizado com o nome do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto.
O chefe de Estado angolano salientou que os dois aeroportos poderão aumentar o acesso àquela região, que vai ter também duas ligações rodoviárias.
“Uma delas já começou, está em curso, a ligação Luau, Marco 25/ Cazombo. A outra ligação rodoviária no Cuando Cubango, será Cuito Cuanavale/Mavinga/Rivungo, que está em fase de desminagem”, declarou o Presidente angolano.
Em julho deste ano, João Lourenço anunciou a realização de um fórum de investidores para aquela região de Angola no projeto Okavango-Zambeze, a maior iniciativa transfronteiriça de África, que liga 36 áreas de conservação de Angola, Zâmbia, Zimbábue, Botswana e Namíbia.
Segundo João Lourenço, o setor dos transportes tem tido alguns ganhos, sendo o mais recente o Corredor do Lobito entregue a um consórcio europeu.
“Este é um grande ganho do setor. Outros de menor monta também aconteceram, mas talvez não sejam tão relevantes para este momento. Acabámos agora de inaugurar e pôr ao serviço da nação e do continente esta importante infraestrutura que vai servir, não apenas agora, mas vai servir de um importante ‘hub’ do transporte aeroportuário para África e para o mundo”, disse João Lourenço.
O chefe de Estado angolano realçou que, num futuro breve, vão ser realizados outros investimentos, particularmente a conclusão das obras de construção de dois novos aeroportos, concretamente o de Mbanza Congo, capital da província do Zaire, e de Catumbela, província de Benguela.
João Lourenço destacou também a construção, com grande participação do setor privado, do polo logístico industrial da Barra do Dande, com uma componente de transporte portuário e ferroviário, “que vai representar um grande ganho” para o desenvolvimento económico e social do país.