Os efectivos partilharam um vídeo nas redes sociais onde aparecem algemados de forma humilhante num poste de iluminação da unidade onde tabalham, e dizem ter sido esbofeteados pelos chefes, soube o Novo Jornal.
O comando-geral da PN, através da sua direcção de comunicação institucional e imprensa, reconhece que a medida disciplinar aplicada aos agentes do DIIP pelos seus superiores hierárquicos é reprovável, condenável e desproporcional. No entanto, o comando geral da PN esclarece que os agentes que nas redes sociais aparecem algemados encontravam-se devidamente escalados para o serviço de 24 horas, porém, ausentaram-se da unidade sem autorização, e que surgiram na unidade embriagados e desrespeitaram os seus superiores.
Conta a DIIP que, ao serem admoestados, os agentes primaram pelo desacato das ordens dos oficiais em serviço.
O inpector-chefe Quintino Ferreira, porta-voz da DIIP, explicou ao Novo Jornal que os agentes se insurgiram contra os oficiais com injúrias e ameaças de morte, facto que levou a uma confusão na unidade policial da DIIP protagonizada pelos agentes que se encontravam em estado de embriaguez.
Segundo o porta-voz da DIIP, para conter os ânimos e pôr fim a confusão instalada, o oficial superior da assistência "teve de ordenar a detenção dos efectivos e mandá-los algemar".
Conta Quintino Ferreira que ,"após estarem sérios, os agentes reconheceram os erros, mostraram-se arrependidos" e desculparam-se aos seus superiores, facto que levou a que lhes fossem retiradas as algemas.
O porta-voz da DIIP assegura que a conduta dos dois efectivos que aparecem nos vídeos algemados num posto de iluminação configura várias infracções disciplinares e criminais.
O Novo Jornal soube que um processo de averiguação para se apurar a veracidade dos factos foi instaurado esta segunda-feira, 14.
No vídeo, que foi muito partilhado nas redes sociais no princípio da noite deste domingo,13, os agentes algemados, um fardado e outro civil, acusam as chefias de vários atropelos às normas castrenses.
"Filmem e coloquem na internet. Nos ausentámos da unidade e fomos comprar comida para jantar porque aqui na DIIP nacional não tem comida, o oficial do dia algemou-nos e bateu-nos na cara com o consentimento do "OSA" (oficial com o comando da unidade)", descrevem os agentes no vídeo. NJ